Foto: Verbena
M Ã E . . .
POR: NILCE MARIA MIRANDA (JARDIM CATARINA-SÃO GONÇALO-RJ-BRASIL)
Mar tranquilo
águas mansas
sons mudos siderais
cujos caminhos naveguei
No teu micro-mundo orbital
Fui rebelde, hoje eu sei
Mas quem não foi imaturo
ao delirar pus-me seguro
neste mundo tão inseguro
Neste desconhecimento
longos caminhos percorri
Corri,
cai,
levantei
Mas, às vezes, que tropecei
tive tuas mãos
a me amparar
Nas horas do desânimos
tua voz me acalenta
Também na minha alegria
teu sorriso me sorria
Tu me fazes sentir
em todos os momentos
menina,
frágil criança
que procura e chora
em fuga temerosa
a segurança
da defesa
na enorme fortaleza
dos braços
eternos, maternos
cujo regaço
o peito encolhido
em gesto ventral
protegido
do frio e da fome
e mentalmente retorna
à frescura do ambiente
que ao gerar,
latente,
suave,
acalma,
presente,
em toda a minha jornada
Embora te veja cansada
curvada,
encarquilhada,
pelos anos de luta travada.
percebo
no teu semblante
a firmeza constante
jovial lucidez,
atenta,
disposta,
sempre a amparar
este filho teu,
mais uma vez e,
se preciso for,
toda vez...
Foto: Rosas Vermelhas
Nenhum comentário:
Postar um comentário