quarta-feira, 30 de junho de 2010

MOMENTO DISCENTE: UM BELO PÁSSARO, PAULO CÉSAR DA SILVA FILHO*



Foto: Gomez


Era um pássaro lindo. Ele voava lindo com os amigos, brincando muito bem. Até que nesse dia em que voava sentiu fome e foi para uma árvore onde havia um pote com comida. Viu que era o seu alpiste preferido e um pedacinho de jiló. Voou para pegar a comida e quando comeu, ficou preso em um alçapão que os meninos colocaram para pegar passarinhos.
O pássaro lindo ficou desesperado, não sabia o que fazer e ficou balançando, querendo sair. Todavia, não dava.
O menino com o alçapão na mão falou:
- Este passarinho agora é meu!
Levou-o para casa e foi cuidando dele, dando comida, mas ele não ficou feliz. Não cantava como antes.
Passado alguns dias, os amigos dele aproximaram-se da gaiola e conseguiram derrubá-la. O passarinho ficou feliz e nunca mais quis chegar perto daquele alçapão. E voou para bem longe.

*Conto selecionado para a 1ª. Antologia Estudantil Nacional e Internacional do ENLACE/MPME.

domingo, 27 de junho de 2010

CONVITE: LANÇAMENTO DO LIVRO ' O CHAMADO DAS MUSAS' - PÔ-ÉTICA HUMANA: O ENIGMA DO RECHEIO-A Arteterapia ao Sabor da Educação Brasileira , em NITERÓI-





Foto: Poetas e escritores no CALÇADÃO CULTURAL DA LIVRARIA IDEAL: CARLOS MONACO( Niterói),Luís Antônio Pimentel –( Historiador e presidente do Grupo Mônaco de Cultura
Niterói),Silvia Aida Catalán(T.A.A.R.-Argentina), Latuf Mucci(UFF,Rio das Ostras), Vanda Lúcia da Costa Salles(T.A.A.R-Alita de América-Brasil), Oswaldo Luiz (I.H.G. de São Gonçalo),Walma Rodrigues ( Niterói),Alonso ( Niterói),Marcia Pessanha ( Professora e presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras de Niterói)
e Edmo Lutterbach – Jurista, escritor e presidente da Academia Fluminense de Letras, entre outras personalidades presentes.

MOMENTO DISCENTE: POESIAS SELECIONADAS DO LIVRO ' O CHAMADO DAS MUSAS. PÔ-ÉTICA HUMANA: O ENIGMA HUMANO-A Arteterapia ao Sabor da Educação Brasileira





Foto: Capa e contra-capa do Livro de pesquisa em arte e educação,de Vanda Lúcia da Costa Salles(Brasil) e Silvia Aida Catalán (Argentina), editado por Creadores Argentinos, Buenos Aires-Argentina,2008


AMOR AO PÔR DO SOL


RAÍSSA SALLES


Hoje, penso mais um dia... em meu amor
Deitado,
Dormindo,
Acordado,
Seja como for...


Lembro-me de todos àqueles momentos
Que sempre, em todos os dias,
Serão eternos.


Quando anoitece
Procuro as estrelas... tão nossas
Nada mais penso, a não ser... vê-la!


Queria ao revê-la
Dizer tudo o que sinto por ti ainda,
Querida!
Daquele por do sol,
Refletido em teu sorriso
Que é vida para mim...

Nos dias quentes ou no inverno
Esperando o amanhecer
Naquele por do sol
Ó, meu amor quero você!





PERFEITO AMOR


ROSANE SALLES SILVA SOUZA


Olho as estrelas
E fico a pensar...
Será que um dia o mundo ficará?



Sem preconceito!
Sem desigualdade social!
Sem violência...!

Ora... Ora... Para isso ocorrer é fácil...

Basta haver pessoas de boa vontade
Para liberarem os recursos que são de todos.
E aqui,
Os devidos ao ensino brasileiro!

Educar? Sim!
Gerar nos pequeninos o desejo de sonhar... Com o livre pensar
Do direito ao saber

Aí então,
Saberei que o Amor perfeito voltará
A Reinar!!!









FOME

ROVENA SALLES SILVA SOUZA




Nessa geografia de luta
De terras devolutas
Somos todos dinossauros
Nas esquinas da vida



Apáticos,
Na exclusão,
Sobre o vale de ossos secos
Temos fome de quê?



Antolhos ilusórios,
Fabricação humana
De desigualdade social...



O chorume que cai sobre nós
Ácido fétido
A corroer nossas mentes... Limita nossa visão?





O MISERÁVEL

JOSÉ LUG DO CARMO PEREIRA

No céu estrelas
Na terra a pátria resplandecente
Na pátria um miserável
Querendo um pedaço de pão.

Na calçada abandonado
Morrendo de fome, desesperado
Sem ninguém
Que lhe dê a mão.

Na calçada por motivos óbvios
Não teve chance de um livro ler
Uma criança que há muito tempo
Não teve o direito do aprender.

Quem? Quem é mais miserável?
A criança ao relento, iletrada
Ou a competente autoridade?






A VIDA




VANDERSON FERREIRA DE FREITAS





A vida é boa
Só que pessoas
Não sabem viver
Vivem de qualquer maneira
Sentados na frente da tv.




HÁ POETA EM CADA LUGAR


JONATHAN WILIAN C. MARTIM


Poetas nas ruas
Poetas sem lar
Poetas na cadeia
Que não podem ver o sol brilhar...


Tem quem mereça liberdade
Tem quem pensa em voar
O poeta faz a Arte
A arte de amar...


Poetas na França
Poetas em cada lugar
Poetas em África... a sonhar.


Poetas que já se foram
Viver e amar...
Mas para realizar um sonho... é preciso sonhar!


AS MULHERES


THAMIRIS SODRÉ GOMES



Nós mulheres,
Sofremos demais...
Porque há momentos de dor...
E não sabemos o que dizer.


Há momentos que sorrimos
Choramos e novamente sorrimos
Mas têm momentos especiais!


Têm mulheres que na vida
São muito, muito sofridas
Como Carolina de Jesus com seu “Quarto de Despejo”
Outras, a vida sorri em gargalhadas...


Têm mulheres que são pai e mãe
De crianças suas e de outros
E que se matam de trabalhar
Para educar seus filhos e os de outros também.


Essas mulheres são trabalhadoras,
São donas de casas, guerreiras aqui
Nós mulheres, somos brasileiras...
E não desistimos nunca!

POESIA: POEMA PARA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, JOÃO MAIMONA ( ANGOLA)*


POEMA PARA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

JOÃO MAIMONA(Angola)



No meio do caminho tinha uma pedra.
C.D.A.
É útil redizer as coisas
as coisas que tu não viste
no caminho das coisas
no meio de teu caminho.
Fechaste os teus dois olhos
ao bouquet de palavras
que estava a arder na ponta do caminho
o caminho que esplendem os teus dois olhos.
Anuviaste a linguagem de teus olhos
diante da gramática da esperança
escrita com as manchas de teus pés descalços
ao percorrer o caminho das coisas.
Fechaste os teus dois olhos
aos ombros do corpo do caminho
e apenas viste apenas uma pedra
no meio do caminho.

No caminho doloroso das coisas




* "João Maimona nasceu a 8 de Outubro de 1961, em Quibocolo, município de Maquela do Zombo, na província do Uíge.
Em 1961 fez parte de um contingente de Angolanos refugiados na actual República do Zaire. Estudou Humanidades Científicas em Kinshasa e em 1975 entrou na Faculdade de Ciências do "Campus" também em Kinshasa, tendo só em 1976 regressado ao país. João Maimona é diplomado em estudos superiores especializados em virologia médica e epidemiologia animal, pelo Institut Pasteur de Paris e pela École Nationale Vétérinaire d´Alfort, na França.
Em 1978 fixou residência na província do Huambo onde se licenciou em Medicina Veterinária.

Poeta, ensaísta e crítico literário foi presenteado duas vezes com um dos mais prestigiados prémios nacionais, o prémio Sagrada Esperança, com as obras «Trajectória Obliterada» (1984) e «Idade das Palavras»(1996).
João Maimona estreou-se em poesia com a publicação de «Trajectória Obliterada», continuando o seu percurso com «Les Roses Perdues de Cunene» em 85, e «As Abelhas do Dia em 1988.
Em 1987 foi distinguido com a medalha de bronze no Concurso Internacional de Poesia organizado pela Academia Brasileira de Letras, na cidade do Rio de Janeiro. Sua obra poética é objecto de estudo em diversas universidades, nomeadamente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal) e na Pontifícia Católica de Minais Gerais (Brasil).

É membro fundador da Brigada Jovem de Literatura do Huambo e é igualmente membro da União dos Escritores Angolanos.
Num estudo sobre a obra de João Maimona, elaborado pela professora e ensaísta Inocência Mata, intitulado «14 Anos de Poesia Angolana 1975-1989», a ensaísta considera que «Trajectória obliterada» inaugura “uma teia que interpela o “Status Quo” angolano rasteando a dolorosa existência humana (…)"



sábado, 26 de junho de 2010

Carlos Drummond de Andrade

O melhor de Carlos Drummond de Andrade

Bethania - Poema do Menino Jesus - Fernando Pessoa

Ferreira Gullar lê o poema que fez para Clarice Lispector !

Homenagem à Clarice Lispector

Vincent (Starry Starry Night) Don McLean

Loucura

Arnaldo Antunes - "Longe" - videoclipe oficial

DA (AUTO) BIOGRAFIA: BISPO DO ROSÁRIO, POR VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES*








Um anjo negro de aura azul-violácea. Um Bispo do Rosário hominizado pelo fulgor de sua plasticidade telúrica, neo-realista no desejo de firmar a sua alteridade. “ No silêncio de sua cela, arquitetou o itinerário de sua passagem: ultrapassar a ideologia- pelo desejo de não ser na vida um ponto final, e sim, possibilidade de encontro-, pois sabia que a obra de arte não desce da eternidade para a Terra. Pelo contrário, sobe da Terra para a eternidade (MONTEIRO,1961, P.18).”
Ei-lo que se apresenta:
1909: Nasci, segundo o registro de batismo, na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, na cidade de Japaratuba ,Sergipe, em 05/10/1909.
Possuo registro na Marinha de Guerra dizendo que nasci em 14/03/1911.
Na Light, onde trabalhei, tenho registro de nascimento de 16/03/1911.
1925: Saio de Sergipe para tornar-me marinheiro. Tenho 15 anos. Sou separado de minha mãe. Entro para a Marinha de Guerra do Brasil. Torno-me Timoneiro e depois Sinaleiro. Nas horas vagas sou pugilista.
1933: Sou expulso da Marinha por “ insubordinação” e “incapacidade moral”. Trabalho na Light.
1934: Torno-me guarda-costas, segurança pessoal do senador Gilberto Marinho.
1938: Sou preso. Considerado perigoso, logo internado no Hospital Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro, após delirar durante dois dias nas ruas da cidade. Estamos em plena ditadura do Estado Novo.
Projeto meu “Sembrantes” real, todo corpo e alma. Sei que eu vim em 22/12/1938.
1939: Sou internado na Colônia Juliano Moreira com o diagnóstico de esquizofrenia paranóide (fragmentação do ego e mania de perseguição). Permaneço 21 anos ali, “esquecido”. Ganharei “liberdade” após essa longa exclusão, aos 51 anos de idade.

1964: No dia 8/2/1964 sou internado ( novamente por traição) na Colônia Juliano Moreira. Esta repetição histórica “enlouquece-me”: estamos na ditadura. Questiono os limites da coerência (real ou irreal?).
1985: Exponho “ A margem da minha vida” ( MAM-RJ). Sou convidado a representar o Brasil, em 1985, na exposição da Bienal de Veneza, com o tema Identidade e Alteridade.
A direção de minha obra ganha um sentido novo, pela afetividade e cartase exercida ao conhecer Rosângela Maria Magalhães Gomy, uma musa.
1989: Morre o artista plástico Arthur Bispo do Rosário, um anjo negro de aura azul-violácea vítima de um enfarte do miocárdio, arteriosclerose e bronco-pneumonia, em 5 de julho, às 19 horas.

* in: DIVERSIDADE E LOUCURA EM OBRAS DE ARTE: UM ESTUDO EM ARTETERAPIA, de VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES, Ed. Ágora da Ilha, RJ,2002.
ISBN 85-86854-99-9

POESIA: O MAR DE ROMEL, VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




O MAR DE ROMEL


A ROMEL, pintor de Niterói


Uma pintura cálida
barcos lançados ao mar de Romel é sonho cor luz violácea
no olho que vê amor/cais na beleza desse encontro
em Niterói
curvamos no Tao desse enigma onde jazz o som
da amizade pronta para servir à mesa posta
no cavalete fincado na ruaAmaral Peixoto um cobalto azul
n'águas imprescindível do toque
da ternura eternizando o instante
no branco verde dourado do broto
que floresce
na gloriosa tela
em que semeia... Oceanus!

Minería contaminante ¿sabes lo que es? por actores famosos

sexta-feira, 25 de junho de 2010

POESIA: A LUZ DA MINHA VIDA, VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




Foto: Hoffman18




Uuuuuu! Uuuuuuu! Uuuuuuu!
diz a cabocla na mata estalando a folha tão casta
viver eeeeeeee... Um navio encalhado no fundo
aporta... a porta abriu e
se distinguiu o caudaloso mar... Amar...
Amar,
não é segurar na mão
o mistério encalhado no fundo dos teus olhos...E...EEEEEEEEuuuuuuu vi
A luz da minha vida!


Eeeeeeeeeeu viiiiiiiiiii
Raios de luz
brilho do sol esperança de ser a luz dessa manhã
que aporta em ti e em meu coração... Amor,
olho o mundo e vejo no brilho da lua
o risco o motivo o perfume as canções que
na boca seduz e se transforma em luz e viaja no tempo
escritura caverna solitário esplendor
Ah, amor!
minha vida é canção... Esta canção se afina tão louca
serpente do dia em que
na garganta o medo estalou novidade e se fez algo só
para espantar a tristeza que brota sem tino
e em meu timo a intuição desvela o prazer de viver
e sentir e pensar como um quê de repente
a visão de você é bem mais...
Luz da minha vida é bem mais... Você é... bem mais...Raios de luz
trilhando caminho no pé
que se lança pro dia desse meu querer

Canto de Ossanha - Vinícius de Moraes

Soneto da Fidelidade - Vinicius de Moraes

MARIA BETHANIA - JEITO ESTUPIDO DE TE AMAR

Maria Bethânia - Fera Ferida

Maria Bethânia - Janelas Abertas n° 2

Maria Bethânia - Poema dos Olhos da Amada

Canteiros - Homenagem a Cecília Meireles

Vida e Obra - Vinicius de Moraes

Paula Tesser canta GUARDADOR DO MAR

MOMENTO DISCENTE: UM BELO PÁSSARO, PAULO CÉSAR DA SILVA FILHO*




Foto; Kohl


Era um pássaro lindo. Ele voava lindo com os amigos, brincando muito bem. Até que nesse dia em que voava sentiu fome e foi para uma árvore onde havia um pote com comida. Viu que era o seu alpiste preferido e um pedacinho de jiló. Voo para pegar a comida e quando comeu, ficou preso em um alçapão que os meninos colocaram para pegar passarinhos.
O pássaro lindo ficou desesperado, não sabia o que fazer e ficou balançando, querendo sair. Todavia, não dava.
O menino com o alçapão na mão falou:
- Este passarinho agora é meu!
Levou-o para casa e foi cuidando dele, dando comida, mas ele não ficou feliz. Não cantava como antes.
Passado alguns dias, os amigos dele aproximaram-se da gaiola e conseguiram derrubá-la. O passarinho ficou feliz e nunca mais quis chegar perto daquele alçapão. E voo para bem longe.



*Conto selecionado para a 1ª. Antologia Estudantil Nacional e Internacional do ENLACE/MPME.

Saint-Denis-Ceará

quinta-feira, 24 de junho de 2010

MOMENTO DISCENTE: O CRIME PERFEITO, JOSIANE GOMES DE SOUZA*

Foto: Wesh






Em uma pequena cidade chamada Chance morava Maria e John. Não havia muitos habitantes e a diversidade de plantas e animais era muito pouca.
Um belo dia o desaparecimento de um homem marcou a cidade. Maria e John resolveram então desvendar o mistério. Ela assim falou:
- Olá, John, está pronto para desvendar esse mistério?
- Sim. Mas acho tudo isso uma loucura.
- Pense pelo lado positivo. Iremos conhecer algumas lagunas que ainda não conhecemos mas também alguns pássaros silvestres.
- Ora, eu já conheço um: um bem-te-vi é silvestre, não?
Enquanto ele falava, entraram na mata e ouviram um ruído. E Maria lhe disse:
- O que é isto?
- Calma Maria. É só um bichinho na floresta!
De repente os dois viram uma pessoa caída no chão, já sem vida, entretanto nada de pistas que levassem ao culpado. Aquele era realmente um crime perfeito.
Você leitor, deve está se perguntando quem é o assassino?
O assassino sou eu, mas você nunca saberá quem sou, sem chance, porque este crime foi realmente perfeito.


*Conto selecionado para a 1ª Antologia Estudantil-2011

LIVRO: NÚNCIA POÉTICA- Poesias- De VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




Foto: Capa e contra-capa do livro: Núncia Poética-poesias-, de Vanda Lúcia da Costa Salles ( Cbje: RJ, 2010)









PALAVRAS DA AUTORA






A poética do mundo contemporâneo converge para um coexistencialismo que aflora de uma consciência poética, cada vez mais, dialógica. E porque sabe que a vida deve estar no centro do pensar humano, pulsa, em desejos de conhecimentos e saberes causadores. Assim é a minha poesia: coexistencialista por essência, porque também reflete sobre a questão do patrimônio histórico cultural como meio ambiente que deve ser preservado, principalmente, o conhecimento e o uso que se faz dele e de suas diferentes linguagens.


Esta " Núncia Poética" acossada, do centro da forma, reivindica o MUSEU DA EDUCAÇÃO para o povo brasileiro.

Ei-la que canta ( páginas 31 e 32 ):

VEREDAS EM PRELÚNDIO
Ao poeta Manoel de Barros
Nesse caminho por onde transitam
rosas,
margaridas,
girassois,
crisântemos,
dálias
e
sempre vivas
há um breve riso dos musguitos enroscados entre
os seios das pedras íngremes, e
um filete d'água brota-se riacho;
manhãs, dias, tardes e noites umidecem voluptuosas
seus olores matinais
de eucaliptos.
um sapo
elabora seu leito... no leito do tempo
um cri-cri dardejante de folhas arrastadas
formigas e prímulas escapam
feito correntes/em filas
e demarcam veredas inusitadas
Talvez, o poeta sonhe
emaranhado do profundo.
Uma brisa leve acaricia flores
algumas caem,
outras resistem a esse doce encanto
e permanecem sem agasalhar o chão.
As larvas
esmiúçam-se no oco das árvores,
no podre dos galhos... E lagrimejam vidas de si.
Um olhar aguçado
esquecido das horas
espreita esse momento
Talvez,
essa poeta sonhe o instante no emaranhado... do profundo!




POESIA: COISAS DE PÁSSAROS E VENTO...






Foto: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil), Fundadora e Diretora do ENLACE/MPME e Diretora Internacional do T.A.A.R- Alita de América no Brasil; Sª Profª Keyla Nícia Dias de Carvalho da Silva, Secretária de Educação da Prefeitura de São Gonçalo-RJ (Brasil, e Silvia Aida Catalán (Argentina), Fundadora e Diretora Geral do T.A.A.R.- ALITAS DE AMÉRICA, na Argentina.



COISAS DE PÁSSAROS E VENTO


À MARINA DE MORAES SARMENTO (in memoriam)



Uma "experiência cumbre" essa de ser...

folhinha no fluxo dorio escorço

cativando-me à medula

diante da esteta do estio

imagem no espelho entre garças d'águas e

martim-pescador bicando a fartura de

peixes cardume intacto, lá...

No Apa de Itapemerim

vivencia-se

coisas de pássaros e ventos: brisa

andorinhas paiaçocas mutus piás estalidos

de galhos Ilha de Itaoca canto de bicho aves

e sussurros dos ventos... Mais além um pio e

o poeta a buscar-te aberto hígido à vida

atento à beleza das coisas mínimas

no recôndido d'alma

a poesia prenhe

sua e nossa é

a paixão infinita na reivenção da vida

no cair

D'uma folha...essa... no fluxo do rio que segue...


De ; VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)

in NÚNCIA POÉTICA, CBJE:RJ,2010, p.40.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

CONVOCATÓRIA: IV ENCUENTRO NACIONAL DE NARRADORES Y POETAS "UNIDOS POR LAS LETRAS"-BIALET MASSÉ-2010-



Foto: Daniele Lorenzini Sánchez ( de roupa marrom) entreVanda Lúcia da Costa Salles e Alejandra Burzac, junto aos poetas e narradores, no III Encuentro-2009.



Juárez Celman 423 - Bialet Massé - Córdoba - (5158) Tel : 03541 - 440033 / 03541 - 15521765

Bialet Massé – Sierras de Córdoba Junio 2010

Señor/a escritor/a:


-----------------------------------------------------
Ref.: INVITACIÓN
IV ENCUENTRO NACIONAL DE NARRADORES Y POETAS
“UNIDOS POR LAS LETRAS” - BIALET MASSÉ - 2010 -------------------------------------------------------------------------------

Distinguido/a Escritor/a:
“La Hora del Cuento”, con el auspicio de la Municipalidad de Bialet Massé, la adhesión de SALAC (Sociedad Argentina de Letras Artes y Ciencias), en su búsqueda constante por brindar al escritor un espacio diferente, ha dispuesto la realización de: IV ENCUENTRO NACIONAL DE NARRADORES Y POETAS
“UNIDOS POR LAS LETRAS” - BIALET MASSÉ” - 2010

El mismo se llevará a cabo en la localidad de Bialet Massé, en: FATIDA “Hostal Colonial Serrano” durante los días 23,24 y 25 de Septiembre de 2010. (Lugar y hora de recepción se explicitan por separado).

Este evento contara con rondas de lectura tanto de cuento como de poesía, brindara un espacio a los escritores para que estos puedan presentar sus libros y nos permitirá crecer con diversas ponencias y espacios de debate.

El costo del evento es de: $ 420,00. Comprende: inscripción, alojamiento a compartir con pensión completa (si no desea compartir la habitación, consulte con la organización), edición de la antología del Encuentro y visita turística.

De aceptar esta invitación, necesitamos nos remita lo siguiente:
a) Giro Postal en concepto de inscripción ($ 90,00) y seña del alojamiento ($100,00) sumando un valor total de $190,00 a nombre de: Daniela Selene Lorenzini Sánchez, DNI: 26.313.885, domicilio: Juárez Celman 423 Bialet Massé - Córdoba, Cp: 5158, sobre Oficina Postal de la ciudad de Cosquín.
b) Planilla de datos personales.
c) Material a publicar.

El plazo de confirmación vence el día 11 de Agosto de 2010. La no concurrencia, hecha la reserva, no da derecho a la devolución de la suma girada. Puede obtener mayor información vía telefónica al: 03541 - 440033 / 03541 - 15521765 (Selene) ó vía E-mail a: leanan_hp@hotmail.com / mariposa_ocre@yahoo.com

Quedando en espera de vuestra contestación, reciba nuestra consideración y estima. Ante cualquier duda aguardamos su consulta.




Edgardo Gustavo Pueyo D. Selene Lorenzini Sánchez
Intendente Municipal Organizadora




IV ENCUENTRO NACIONAL DE NARRADORES Y POETAS
“UNIDOS POR LAS LETRAS” - BIALET MASSÉ - 2010

1. SOBRE LA INSCRIPCIÓN Y HOTELERIA:

El costo total para el escritor será de $ 420,00 (cuatrocientos veinte) y por acompañante de $330,00 (trecientos treinta), en total, debiendo enviar el acompañante giro postal por valor de $ 100,00 (cien), en concepto de reserva por alojamiento a los datos previamente enunciados. Él o los acompañantes, deben anotarse junto a la confirmación de asistencia del escritor.

Estos montos incluyen:

a) Alojamiento en FATIDA “Hostal Colonial Serrano” (www.colonialserrano.com), en la localidad de Bialet Massé, desde el Jueves 23 de Septiembre a las 10hs. hasta el Domingo 26 a las 10hs.

El Hotel cuenta entre otros servicios con:

Ø Seguro integral de Hoteles.
Ø Wi fi zone.
Ø Servicio de Emergencia las 24hs.
Ø Calefacción Central.
Ø Cocheras Cubiertas.
Ø Imponente parque de 4 hectáreas

b) Desayuno, almuerzo y cena (entrada plato principal y postre). Incluye bebidas sin alcohol.

c) Viaje en ómnibus para la visita guiada.

d) Inscripción y carpeta del ENCUENTRO, con información turística e histórica.

e) ANTOLOGÍA DEL ENCUENTRO. (Sus características se explicitan por separado).

2. CARACTERISTICAS DEL ENCUENTRO Y RONDAS DE LECTURA
(Estas recomendaciones son de cumplimiento obligatorio)

a) El Encuentro contara con dos tipos de rondas de lectura; unas dedicadas exclusivamente al género narrativa y otras, dedicadas exclusivamente al género poesía. El respeto por esta distinción nos permitirá disfrutar plenamente de la magia generada por cada género.

b) Cada escritor deberá consignar previamente en planilla adjunta, el género literario que habrá de leer durante el Encuentro, pudiendo participar en ambos, leyendo un trabajo de cada género en las rondas correspondientes.

c) Los escritores serán llamados en dos oportunidades, debiendo leer en cada una un trabajo de su autoría; en narrativa de hasta dos carilla a doble espacio y respetando los márgenes predeterminados de Word (laterales 2,5cm superior e inferior 3cm); y en poesía de hasta 30 versos debiendo abstenerse de realizar comentarios previos. No es obligatorio leer el material antologado. El escritor que se exceda en la extensión de su lectura, no será convocado en la segunda ronda. Para evitar inconvenientes se aconseja remitir previamente el material de lectura.

d) El orden de llamada no tiene prelación alguna, por lo que puede ser convocado en cualquier momento. Se recomienda tener siempre preparado el material de lectura.

e) El escritor que al ser llamado no esté presente, perderá su turno, sin excepción.

f) Los horarios de actividades serán respetados con la mayor prolijidad posible.





3. PRESENTACION DE LIBROS

Tratando de brindar a cada Escritor un espacio para dar a conocer sus trabajos, la organización, ha dispuesto otorgar de15 a 20 minutos a aquel escritor que desee presentar uno de sus libros, debiendo este haber sido publicado dentro de los dos últimos años.
A los efectos organizativos se solicita al escritor:
a) Completar el formulario adjunto.

b) Respetar el plazo estipulado para la presentación del libro.

4. PONENCIAS TEMÁTICAS.

Si bien la organización ya ha pautado la presencia de destacados miembros del quehacer cultural para el dictado de diversas ponencias; invita a todo aquel que posea y desee compartir sus conocimientos específicos sobre algún tema vinculado a las letras a hacerlo contando para ello con un espacio de 30 a 45 minutos.
A los efectos organizativos se solicita a los interesados el envío de un breve resumen del tema a abordar.

4. ACTIVIDADES COMPLEMENTARIAS.

a) Ponencias Temáticas.

b) Visita turística guiada.

c) Presentación de la Antología del : IV ENCUENTRO NACIONAL DE NARRADORES Y POETAS “UNIDOS POR LAS LETRAS” - BIALET MASSÉ” - 2010

d) Espectáculo musical.

5. RECOMENDACIÓN AMISTOSA

Querido escritor: el éxito de este ENCUENTRO depende en gran medida del cumplimiento de las pautas y recomendaciones estipuladas, por lo que su ayuda resulta indispensable.

LAS HERAS, EN BUSCA DE UNA ESTRELLA/LAS HERAS: IN CERCA D'UNA STELLA POR ANFIO CAMARDA Y FERNANDO BALLESTEROS- MENDONZA-ARGENTINA

Foto: Cora( esposa do poeta Anfio), Silvia Aida Catalán ( poeta argentina), Anfio Camarda ( poeta italiano-argentino) e Vanda Lúcia da Costa Salles ( poeta do Brasil).



LAS HERAS, EM BUSCA DE UNA ESTRELLA/ LAS HERAS: IN CERCA D’UNA STELLA POR ANFIO CAMARDA Y FERNANDO BALLESTEROS
O Livro “As Heras- em busca de uma estrela”, de Anfio Camarda e Fernando Ballesteros, 1ª edição, publicado em Mendoza, pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Nacional de Cuyo, em 2009; com 60 página;e prólogo da eminente Prof. Lic. María Troiano que assim nos apresenta: “ É valiosa esta iniciativa que permitiu dar a conhecer estes sentimentos seguramente compartilhados por toda a coletividade italiana de nossa província. Porém é valiosa também porque inclui a participação de Fernando Ballesteros, cujo talento musical acompanha o “ hino a um grande”, o poema que Camarda dedica a Luciano Pavarotti e que, musicalisado por Ballesteros, constitui uma sentida homenagem ao grande tenor”.
Agradeço a oportunidade que tive, através de ALAS ROTAS-ALITAS DE AMÉRICA E DO 1º ENCUENTRO NACIONAL E INTERNACIONAL DE ESCRITORES S.A.L.A.C. Va. Carlos Paz ( Córdoba)-Argentina- “ Ser Voz em El Silencio, nos dias 15.16,17 e 18 de abril de 2010, e principalmente, de comentar sobre a importância dessa publicação e criação que nos canta, não só, a respeito do grande tenor mas também de laços de amizades e da importância de se seguir a sua estrela, isto é , os sonhos... Eis um fragmento da divina obra ( páginas 31 e 32):

HOMENAJE A LUCIANO PAVAROTTI, UM GRANDE
Lic. Fernando Ballesteros, Tenor
Conferencia Recital
( Mendoza, Teatro Independencia, 11 de noviembre de 2008)

1. APERTURA
El tiempo que pasa,
Misterioso doctor Del alma,
Nos va devolviendo poço a poço
Em um suave recuerdo
Lo que El mismo se lleva...
La presencia de los seres queridos,
Que contemplamos... que admiramos...

Esta platea com sus palcos, tertúlia y paraíso
Todo este público presente ya es um homenaje
También son um homenaje las palabras y La música
Que me permiten compartir um mismo sentimiento
Um mismo afecto de pertenencia:

“Luciano Pavarotti, um grande...”
Desde aquel 6 de setiembre Del 2007...
Recuerdo sensaciones extrañas:

Pocas veces tuve La sensación
De que esa persona ausente,
Sigue estando presente...

Pocas veces tuve La sensación
De que alguien no conocido personalmente,
Hubiera creado lazos de amistad, hasta familiares...

Pocas veces He tenido La sensación
De compartir esta misma sensación
Com mucha más gente de La que imaginaba...

Es el caso de “ Luciano Pavarotti, um grande...”
Que pasó como um “Titanic” por el mundo de La lírica
Ya su paso nos hizo remontar
Hasta um místico estamento de La vida
Que ronda entre lo divino y lo humano...

Desde estas moradas divinas y humanas
Quiero expresar El contenido de este homenaje
Para destacar a “um grande”
Y no por grande solamente, un ser sin igual...

Para conocer tanto La grandeza
Como La debilidad de su humana figura
Me viene a La memória uma anécdota:
...............................................................
Uma vez, una señora se atrevió a decirle
A outro gran tenor, Enrico Caruso;
- Maestro; que bendición lo suyo,
Hacer lo que Le gusta y poder vivir del canto...

A lo que contestó Caruso:
- Si usted supiera, señora,
Yo vivo cautivo de mis representantes
Y esclavo de mi agenda,
Ni siquiera puedo resfriarme como cualquier ser humano...
...........................................................................................

Luciano Pavarotti,
Com su amplia y constante sonrisa
Fue uma persona movida
Por pensamientos muy sombrios
Temía siempre que su voz no le respondiera...
Tênia terror a la muerte...
En sus comienzos, uma vez antes de actuar, dijo:
“Ahora es el peor momento,
Uno ya hizo todo lo que debía hacer
Pero todavía debe hacerte frente
A los veinte minutos que quedan
Antes de que suba El telón...

... Hasta que ocupe mi lugar em La escena
Y comience La definitiva marcha de La muerte”

Tal vez com estos comentários poço conocidos
Comprendamos,
Que los mistérios de La gloria y de La fortuna
De algunos seres “grandes”, como Pavarotti
Conllevan escondidas también
Misérias y sufrimientos de inmensa soledad.

. Agnus Dei, de Bizet
. Rondine AL nido, de Sica y de Crescenzo
. Non ti ‘scordar di me, de Furno y De Curtis “


domingo, 20 de junho de 2010

QUEBRANDO O SILÊNCIO E TRANSPONDO OS ABISMOS: UM ÁRDUO TRABALHO... OS DOS VERDADEIROS POETAS E O DE SILVIA LONG-OHNI

Capa e contra-capa do livro bilingue: POESÍA EN TRÁNSITO/POESIA EM TRÂNSITO
2009/2010


Foto: Silvia Long-Ohni (Argentina), Haidée Frizzi Longoni (Argentina) e Josefina Arroyo (Argentina), poetas e pessoas éticas e estéticas, sabem que "a resiliência consiste no equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro nível de consciência, que nos traz uma mudança de comportamento e a capacidade de lidar com os obstáculos da vida e do profissional." Uma irmandade concebida na poesia... pela liberdade de expressão e dignidade humana, somos...





Subject: FW: POESIA EN TRANSITO - ACUSAR RECIBO, POR FAVOR


Date: Thu, 22 Apr 2010 17:09:35 +0100



Rio de Janeiro-Brasil, 22 de abril de 2010




Querida Silvia Long-Ohni,




Recebi os livros da Antología Poesía en Tránsito, o qual coube a mim. Amei a antologia. Belíssima!!!


obrigada por tudo,




Vanda Lúcia da Costa Salles

POESIA: FUGA Nº 5, PARA JOSEFINA ARROYO, EM NÚNCIA POÉTICA


Foto: DRª HAIDÉE FRIZZI LONGONI E JOSEFINA ARROYO





FUGA Nº 5*


De: Vanda Lúcia da Costa Salles




À JOSEFINA ARROYO - poeta argentina

Um rosto no caos da tarde
chora um poema
a chuva garoa cria os passos
as lágrimas fria
e Josefina,
no ímpeto das águas,
leve riacho sorri das intempéries e perambula
pelas ruas de Buenos Aires
Imagem viva e memória
de cafés literários, conheci
da pétala, a flor geme
fragrância/bálsamo e
a saudade inunda o instante relâmpago do
devaneio na beleza.



... E o som de tuas sábias palavras permanecerá em tempo
de possibilidades



Do Livro: NÚNCIA POÉTICA(poesias, RJ:CBJE,2010, p.33)

sábado, 19 de junho de 2010

APRESENTAÇÃO: POESIA EM TRÂNSITO/POESÍA EN TRÁNSITO- POR FERNANDO S. ZINNY E SILVIA LONG-OHNI (ARGENTINA)

*Capa e contra-capa do livro bilingue POESIA EM TRÂNSITO/POESÍA EN TRÁNSITO (Antologia de poetas argentinos e brasileiros contemporâneos). org. por Fernando Sánchez Zinny
-1ª ed. Buenos Aires: La Luna Que, 2009- Com a participação dos seguintes poetas argentino:
Héctor Miguel Ángel , Silvia Aida Catalán, Rubén Derlis, Alejandro Drewes, Ernesto Goldar, Silvia-Ohni, Graciela Maturo, Norma Pérez Martín, Michou Pourtalé e Fernando Sánchez Zinny; e brasileiros: Anderson Braga Horta, Aricy Curvelo, Valeria Duque, Humberto França, Cyl Gallindo, Isolda Marinho, Antonio Miranda, Vanda Lúcia da Costa Salles, Lourdes Sarmento e Salomão Sousa.
Com Palavras Preliminares de Silvia Long-Ohni que apresenta-nos a palavra poética: semente da árvore do conhecimento, conforme suas próprias palavras: " Dez poetas brasileiros, dez poetas argentinos, crto, nada mais que um grão de areia em uma imensidão, mas... este fino e delicado fio com que se constrói a poesia abarca a resistência e a fortaleza com que se forjam as coisas perduráveis. Aqui impressas as vozes são quiçá um caminho que se inicia, um caminho que convida a quebrar o silêncio, a transpor de um salto esse fado de abismo com o que os avatares da história nos fizeram nascer". Ei-la que canta sua ELEGIA:


?Qué quiere redimir el alma mía
inunddada de sed y de cansacio?

Es tiempo de destierro y noche clara,
de tibio mediodía y arduas parras.

es el tiempo del vino solitario
y del pan que comparten mis dos manos.


ELEGIA

De : Silvia Long-Ohni

Tradução: Valeria Duque dos Santos (Brasil)

O que quer redimir a minha alma
inundada de sede e de cansaço?

é tempo de desterro e noite clara
de morno meio-dia e árduas videiras.

é o tempo do vinho solitário
e do pão que compartem minhas mãos.


De Fernando Sánchez Zinny deleitamo-nos com:

INTIYACO

También aquella vez
las palabras creyeron haber sido las últimas.

al otro día me interné en el monte xerófilo
em busca de senderos hacia aquel
silencio demorado por cadencias.

en ayuda vinieron unos pocos sobrevivientes:
callados seres harapientos,
del color de la tierra, con dientes de tabaco,
vestidos con desechos de penurias antiguas.

viven y mueren en caseríos dispersos,
en horcones con niños mirando de soslayo,
junto a una sombra polvorienta y seca
por la que he caminado con lenta timidez.

carentes de memoria,
desconocen la edad que tiene
y es probable que aún no hayan nacido.


INTIYACO

De: Fernando Sánchez Zinny

Tradução: Valeria Duque Dos Santos

também aquela vez
as palavras acreditaram ter sido as últimas

No ouro dia, internei-me no monte xerófilo
em busca de caminhos que me levassem àquele
silêncio demorado por cadências.

duendes e zoologias despertaram
e houve risos e burla entre a ramagem.

como ajuda vieram uns poucos sobreviventes:
emudecidos seres esfarrapados,
da cor da terra, com dentes de tabaco,
vestidos com restos de penúrias antigas.

vivem e morrem em casarios dispersos,
em forquilhas com crianças olhando de soslaio,
junto a uma sombra empoeirada e seca
pela qual caminhei com lenta timidez.

carentes de memória,
desconhecem a idade que têm
e é provável que ainda não tenham nascido.

POESIA: A PEDRA ANGULAR DA ESQUINA- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




A PEDRA ANGULAR DA ESQUINA


De: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)

É uma pedra... a escrita
É uma pedra... a leitura
É uma pedra... angular da esquina
A Educação pela paradoxa... Na pedra... a seiva, e
Pousada a águia ensina o exercício do vôo
Firmando na rocha a palavra
No tempo.
Na pintura da vida: crianças arvoram-se na aprendizagem...
Eleva-se o Museu da Educação para o povo brasileiro por sobre o rochedo íngreme
Na Enseada das Garças
Sonho que a Justiça e a Misericórdia aninhem-se amigas...
Alçando o vôo
O desenho se firma... Vazando o caminho
Das rampas-pata adentram-se as asas-salas envidraçadas
Norte
Da população brasileira:
Anisio Teixeira... Mestre ímpar,
Camarinha... Amigo prodígio,
Darcy Ribeiro... Discípulo do sonho ideal,
Índio Pataxó... Colorido da Terra,
Luis Carlos Prestes... O grito de alerta,
Maria Engrácia... O devaneio poético,
Nise da Silveira... Uma voz na América do Sul,
Luiza Nahim... a resistência perfeita,
Evanildo Bechara... O lúdico da língua e
Oscar Niemayer... O projeto urbanístico.
Instaurado está!


Madre Arte!
Nesse poema que escrevo... Na manhã determinada do Enlace
Na pedra do dia, em Nova Cidade e recriando aqui, no Agora, como se fosse
O Castelo Ideal saído da persistência de Cheval.
E com todo clamor desses Direitos Humanos revelados ao povo,
Senhor de sua leitura e escrita social,
Eu e você primamos à decisão na escolha de ir além
Da "vida-líquida"
Ou da sociedade do espetáculo.


THE ANGULAR STONE OF THE CORNER

It is a stone... the writing
It is a stone... the reading
It is a stone... angular of the corner
The Education for the paradoxa... In the stone... the sap, and
Placed the eagle teaches the exercise of the flight
In the rock the word
In the time.
In the painting of the life: children arrogate in the learning...
He/she rises the Museum of the Education for the Brazilian people for on the steep crag
In the Bay of the Herons
I dream that the Justice and the Mercy friends are nested...
Raising the flight
The drawing is firm... Draining the road
Of the ramp-paw they go into the glazed wing-rooms
North
Of the Brazilian population:
Anisio Teixeira... Odd Master,
Camarinha... I Become friends prodigy,
Darcy Ribeiro... Disciple of the ideal dream,
Indian Pataxó... Color of the Earth,
Luis Carlos Prestes... THE alert scream,
Maria Engrácia... THE poetic dream,
Nise of Silveira... A voice in South America,
Luiza Nahim... the perfect resistance,
Evanildo Bechara... THE lúdico of the language and
Oscar Niemayer... THE town planning project.
Established is!


Nun Arte!
In that poem that I write... In the determined morning of the Connection
In the stone of the day, in New City and recreating here, in the Agora, as if it was
The left Ideal Castle of the persistence of Cheval.
And with every clamor of those Human Rights revealed to the people,
Mister of his/her reading and social writing,
I and you excelled to the decision in the choice of going beyond
Of the "life-liquid"
Or of the society of the show.


LA PIERRE ANGULEUSE DU COIN

C'est une pierre... l'écriture
C'est une pierre... la lecture
C'est une pierre... anguleux du coin
L'Éducation pour le paradoxa... Dans la pierre... la sève, et
Placé l'aigle apprend l'exercice du vol
Dans le roc le mot
Dans le temps.
Dans le tableau de la vie: les enfants revendiquent à tort dans l'érudition...
Il/elle augmente le Musée de l'Éducation pours les gens brésiliens pour sur le rocher escarpé escarpé
Dans la Baie des Hérons
Je rêve que la Justice et les amis de la Pitié se sont nichés...
Élever le vol
Le dessin est ferme... Égoutter la route
De la rampe patte ils vont dans les aile pièces vitrées
Au nord
De la population brésilienne:
Anisio Teixeira... Maître bizarre,
Camarinha... je Deviens prodige des amis,
Darcy Ribeiro... Disciple du rêve idéal,
Pataxó indien... Couleur du Monde,
Luis Carlos Prestes... LA criaillerie alerte,
Maria Engrácia... LE rêve poétique,
Nise de Silveira... UNE voix en Amérique du Sud,
Luiza Nahim... la résistance parfaite,
Evanildo Bechara... LE lúdico de la langue et
Oscar Niemayer... LA ville qui organise le projet.
Établi est!


Religieuse Arte!
Dans ce poème que j'écris... le matin déterminé du Rapport
Dans la pierre du jour, dans Nouvelle Ville et recréer ici, dans l'Agora, comme si lui était
Le Château Idéal gauche de la persistance de Cheval.
Et avec chaque clameur de ces Droits de l'homme révélée aux gens,
Monsieur de sa lecture et écriture sociale,
Moi et vous avez excellé à la décision dans le choix d'aller au-delà
Du "vie liquide"
Ou de la société du spectacle.


LA PIETRA ANGOLARE DI L'ANGOLO

È una pietra... la scrittura
È una pietra... la lettura
È una pietra... angolare dell'angolo
L'Istruzione per il paradoxa... Nella pietra... il vigore, e
Messo l'aquila insegna l'esercizio del volo
Nella pietra la parola
Di durata.
Nel dipinto della vita: bambini si arrogano nella cultura...
He/she sorge il Museo dell'Istruzione per le persone brasiliane per sulla guglia ripida
Nella Baia degli Aironi
Io sogno che la Giustizia e gli amici di Misericordia sono fatti il nido...
Elevando il volo
Il disegno è fisso... Esaurendo la strada
Della rampa-mano loro vanno nelle ala-stanze fornite di vetri
Nord
Della popolazione brasiliana:
Anisio Teixeira... Padrone dispari,
Camarinha... io Divengo prodigio di amici,
Darcy Ribeiro... Discepolo del sogno ideale,
Pataxó indiano... Colore della Terra,
Luis Carlos Prestes... Il grido vigile,
Maria Engrácia... Il sogno poetico,
Nise di Silveira... Una voce in America Meridionale,
Luiza Nahim... la resistenza perfetta,
Evanildo Bechara... Il lúdico della lingua e
Oscar Niemayer... La città che progetta progetto.
Stabilito è!


Monaca Arte!
In quel poema che io scrivo... Nella mattina decisa del Collegamento
Nella pietra del giorno, in Città Nuova e ricreando qui, nell'Agora come se fosse
La sinistra Castello Ideale della persistenza di Cheval.
E con ogni clamore di quelli Diritti umani rivelato alle persone,
Signore di his/her che legge e scrittura sociale,
Io e Lei eccelsero alla decisione nella scelta di andare oltre
Del "vita-liquido"
O della società dello show.


DER ECKIGE STEIN DER CORNER




Es ist ein Stein... das Schreiben
Es ist ein Stein... die Lektüre
Es ist ein Stein... eckig von der Ecke
Die Ausbildung für den paradoxa... im Stein... der Saft, und
Gesetzt unterrichtet der Adler dies Ausübung des Fluges
Im Stein das Wort
In der Zeit.
Im Gemälde des Lebens: Kinder arrogate im Lernen...
He/she steigt das Museum der Ausbildung für die brasilianischen Leute für auf die steile Felszacke
In der Bucht der Reiher
Ich träume, daß die Gerechtigkeit und die Gnadenfreunde eingebettet werden,...
Das Heben des Fluges
Die Zeichnung ist fest... das Entwässern der Straße
Von der Rampenpfote gehen sie in die glasierten Flügelzimmer
Nach Norden
Von der brasilianischen Bevölkerung:
Anisio Teixeira... merkwürdiger Meister,
Camarinha... ich werde Freunde-Wunder,
Darcy Ribeiro... Jünger des idealen Traumes,
Indischer Pataxó... Farbe der Erde,
Luis Carlos Prestes... DER aufmerksame Schrei,
Maria Engrácia... DER poetische Traum,
Nise von Silveira... eine Stimme in Südamerika,
Luiza Nahim... der perfekte Widerstand,
Evanildo Bechara... DER lúdico der Sprache und
Oscar Niemayer... DAS Stadtplanungsprojekt.
Begründet ist!


Nonne Arte!
In diesem Gedicht, das ich schreibe... am entschlossenen Morgen der Verbindung
Im Stein vom Tag, in Neuer Stadt und das Wiederschaffen, im Agora, hier, als ob es war,
Die linke Ideal Castle der Beharrlichkeit von Cheval.
Und mit jedem Geschrei jener Menschenrechte enthüllte zu den Leuten,
Herr von his/her-Lektüre und gesellschaftlichem Schreiben,
Ich und Sie zeichneten sich zur Entscheidung in der Wahl aus, darüber hinaus zu gehen
Von der Lebensflüssigkeit
Oder von der Gesellschaft der Show.




* Um estudo de língua(s)/linguagens : Tradução da Autora

MOMENTO DISCENTE: BEIJOS, DE THAYANNE ROCHA DA SILVA


De: Vito Acconci


BEIJOS


THAYANNE ROCHA DA SILVA


Estou aqui pensando em coisas positivas
Para encontrar-te, beijar-te é um desejo meu
Confiança, confidências minhas
Já sabes de minha vida toda
Reconheces tudo que vem de mim
Enche-me de repletos sonhos
Enche-me com todas as coisas boas
Torna-me feliz
Exige pensamentos lúcidos, realistas
Onde se revela tudo que vive entre nós

Seja amor, alegria, tristezas
Seja como for, se for para viver contigo
Vou ao mundo sem dor e piedade.
Por você corro no mundo
E vou até o fim do arco-íris
Buscar o meu maior tesouro:
seu amor.
Estou aqui como contos de fadas
Vivo sonhando, rindo, chorando
Tudo isso acordada.


Tudo por você faria
Se um dia na tua vida existisse
A possibilidade...

Se eu contar de uma morte
Você nem acreditaria
Para você eu fio a chama
E nos seus braços morreria

Antes de nascer já existia você
Quando nasci, você se afastou
Por uma realidade de sonho
Que em mim despertou-se

Pensando em você hoje estou
Mas não do modo anterior
Apenas desmanchei o que por você sentia,
Desmanchei
O amor.

Real será?
Existiria até no passado
Mas a minha morte foi fatal
Acabou com nós dois e isso
Fez com que minha alma
Não se libertasse


Você esperou a minha morte
Para descobrir o amor
Mas sinto muito
O vento me soprou
E eu?
Eu não existo mais.

1ª ANTOLOGIA ESTUDANTIL NACIONAL E INTERNACIONAL DE POESIA, CRÔNICA E CONTOS CURTOS “ ASAS... AO REDOR DO MUNDO”, DO ENLACE/MPME (BRASIL) E T.A.A.R (A






Desenho do Logo de autoria da: Profª. Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)



A ENTIDADE NACIONAL DE LITERATURA, ARTES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO do MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO, RIO DE JANEIRO-BRASIL E ALAS ROTAS-ALITAS DE AMÉRICA,tendo por comunhão de ideais que o conhecimento faz a sustentabilidade do ser, é meio ambiente e é patrimônio histórico da humanidade , portanto deve ser preservado; que através de suas fundadoras e diretoras, convidam estudantes nacionais e internacionais a participarem da 1ª Antologia Estudantil Nacional e Internacional de Poesia, Crônica e Conto Curto “Asas... ao redor do mundo”-2010/2011
CONVOCATÓRIA:
1º) Poderão inscrever-se estudantes brasileiros e estrangeiros( menor ou maior de 18 anos), escritas em português ou língua do autor, desde que concordem que se faça a tradução;
2º)As obras literárias podem ser inéditas ou não, sendo de responsabilidade do estudante ou do responsável pela inscrição do mesmo, caso seja menor de 18 anos e contenha inverdade de propriedade autoral;
DO ENVIO DE OBRAS:
1º) Poemas: sua extensão será de no máximo 24 versos por folha;
2º) Crônicas e Contos Curtos: Não poderá ser maior que duas páginas, com 24 linhas cada;
3º) A(s) obra(s) será (ao) enviadas em arquivo Word, letra Times News ou Arial tamanho 12, espaço 1,5 e margens laterais 2,5 cm, junto a um breve curriculum do autor a:
museuposmodernodeeducacao@hotmail.com
ou
alas_rotas_brasil@hotmail.com
ou
alas_rotas_argentina@hotmail.com

4º) O livro terá um formato de 14 por 20 cm, com capa ilustração de 220 grama, colorida, com contra-
capa e papel interior branco, de 80 gramas.


OBS.: * O recebimento do material a publicar vencerá no dia 30 de outubro de 2010.
· Cada autor publicado receberá um livro.
· A apresentação da Antologia se informará oportunamente dia, hora e local, assim como a entrega do certificado de participação.
· O recebimento do material a publicar se encerrará no dia 30 de outubro de 2010.
· A participação nesta convocação admite sua aceitação íntegra.

INFORMES:
BLOG:
http://wwwmuseuposmodernodeeducacao.blogspot.com/
http://museuposmodernodeeducacao.blogspot.com/
http://www-alasrotas-alitasdeamerica-brasil.blogspot.com/
SITE:
http://www.taar-alasrotas.org/



POR FAVOR, DIFUNDIR.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

MOMENTO DISCENTE: ASAS QUE SOPRAM AO VENTO, NATANAEL GOMES DE OLIVEIRA





ASAS QUE SOPRAM AO VENTO*



NATANAEL GOMES DE OLIVEIRA


Eu sou como asas que sopram
ao redor do mundo
e quase todos admiram
as minhas asas que voam
sobre as pessoas
saborosamente

as minhas asas brilham sobre o sol
que inspira qualquer poeta a escrever
uma poesia sobre as minhas asas...
assim como o vento que vai e volta

Como as ondas do oceano
encrespadas pelo vento que circula
entre pessoas
que morrem
que vivem





Las alas que soplan el viento


Natanael Gomes de Oliveira

Traducción: Silvia Aida Catalán (Argentina)





Yo soy como las alas que soplan
alrededor del mundo . Casi todos admiran
mis alas que vuelan
sobre las personas
deleitablemente.

Mis alas brillan sobre el sol
que inspira a escribir a cualquier poeta
una poesía sobre mis alas…
así como el viento que va y retorna.

Como las olas del océano
encrespadas por el viento que circula
entre las gentes
que mueren
que viven.


* Poema selecionado para a 1ª ANTOLOGIA ESTUDANTIL INTERNACIONAL do ENLACE/MPME ( BRASIL) e ALAS ROTAS-ALITAS DE AMÉRICA (ARGENTINA)

POESIA:SOBRE UM TEMA DE CONFÚCIO- LEONARDO FRÓES

SOBRE UM TEMA DE CONFÚCIO


LEONARDO FRÓES*

Que fique pelo menos um homem
Sozinho num bar deserto pensando
Em nada de especial e curtindo
Pessoas atarefadas que passam

Que a ele pelo menos aquilo
Tudo – a pressa das tarefas e os carros –
Pareça uma paisagem vazia
E até certo ponto sem cabimento

Que esse homem sentado, soterrado
Talvez em decepções amargas, se oriente
Para ouvir a canção além dos passos
E além de sua própria pessoa

Que assim no delírio urbano ressoa
Sem função social senão deixar
Que a boca filosofe assobiando
E o ouvido obediente perceba.



*Leonardo Fróes- Nascido em Itaperuna-RJ, em 1941. Brasileiro, poeta naturalista, tradutor, jornalista e crítico literário.


In: http://www.germinaliteratura.com.br/froes.htm

MOMENTO DISCENTE: UMA AVENTURA DE ALTO RISCO- CONTO CURTO, DE FELIPE RODRIGUES ARAÚJO






UMA AVENTURA DE ALTO RISCO


Felipe Rodrigues Araújo




- Olá, meu nome é Marcos! Mas sou conhecido como Marcão. Fui encontrar-me com alguns amigos de infância: o João, o Pedro e o Francisco, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Chegando lá, fizemos uma loucura. Entramos em um local perigoso, uma fábrica química que estava desativada, há pouco tempo, e nela tinha uma pequena laguna tóxica. Inventamos de dar um mergulho. Quando voltávamos para casa, demos de cara com um pássaro silvestre muito lindo, e logo a frente, encontramos outro pássaro denominado bem-te-vi. Reparamos que lá havia diversidades de animais silvestres.
João disse-me assim:
- Hiiiiii!!!!! Olha só você!
E quando menos esperávamos, percebi, começamos a ficar com o corpo cheio de escamas. Viramos peixes.




* Prosa Narrativa: conto curto selecionado para a 1ª ANTOLOGIA ESTUDANTIL INTERNACIONAL do ENLACE/MPME (BRASIL) e ALAS ROTAS-ALITAS DE AMÉRICA (ARGENTINA)-2011.

INFORMACCIÓN:Atención T.A.A.R- ARGENTINA-S. A. CATALÁN


Foto: JOSE SARAMAGO




Atención T.A.A.R- ARGENTINA
- S.A. Catalán

Fuente: Diario La Nación – ArgentinaMurió el escritor José Saramago
http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1276305

Hace 19' El portugués falleció a los 87 años en España, donde vivía; había recibido el Premio Nobel de Literatura en 1998; entre sus obras se destacan El evangelio según Jesucristo, Ensayo sobre la ceguera y La balsa de piedra
El escritor, poeta y dramaturgo portugués José Saramago murió en España a los 87 años.
El fallecimiento fue informado esta mañana por su editor Zeferino Coelho, que precisó que el escritor murió en su casa de Lanzarote, en las islas Canarias. Coelho indicó que su salud se había deteriorado en los últimos meses.
Saramago había ganado el Premio Nobel de Literatura en 1998 y su última novela, Caín, se había publicado en 2009. En su prolífera obra se destacan: La balsa de piedra (1986), El Evangelio según Jesucristo (1991), Ensayo sobre la ceguera (1995), Todos los nombres (1997), El hombre duplicado (2002) y Ensayo sobre la lucidez (2004).
"Con sus parábolas sustentadas por la imaginación, la compasión y la ironía [Saramago] nos permite aprehender nuevamente una realidad ilusoria", dijo la Academia Sueca cuando lo distinguió con el Nobel.
Hijo y nieto de campesinos sin tierra, Saramago nació en la aldea de Azinhaga, provincia de Ribatejo, el 16 de noviembre de 1922, aunque el registro oficial menciona como fecha de nacimiento, el día 18. Sus padres emigraron a Lisboa cuando aún no había cumplido dos años. La mayor parte de su vida transcurrió en la capital portuguesa, aunque las visitas a su ciudad natal eran habituales.
Inició estudios secundarios que, por dificultades económicas no pudo terminar. Su primer trabajo fue de cerrajero mecánico. También fue funcionario de sanidad y de previsión social, traductor, editor y periodista.
Saramago, activo militante del Partido Comunista portugués, publicó su primer libro, una novela, Tierra de Pecado, en 1947. Trabajó durante doce años en una editorial, donde ejerció funciones de dirección literaria y de producción. Colaboró como crítico literario en la revista Seara Nova. En 1972 y 1973 formó parte de la redacción del periódico Diário de Lisboa, en el que fue comentarista político y coordinador del suplemento cultural.
Según se consigna en el sitio web de la fundación que lleva su nombre, Saramago perteneció a la primera dirección de la Asociación Portuguesa de Escritores y fue, entre 1985 y 1994, presidente de la Asamblea General de la Sociedad Portuguesa de Autores. En 1975 fue director adjunto del periódico Diário de Notícias . Al año siguiente comenzó a vivir exclusivamente de su trabajo literario, primero como traductor, después como autor.
En febrero de 1993 decidió repartir su tiempo entre Lisboa y la Isla de Lanzarote, en el Archipiélago de Canarias, España. Estaba casado con Pilar del Río.
Su blog. Saramago tenía un blog llamado Cuaderno de Saramago en el que publicaba sus reflexiones personales. Había dejado de escribir en agosto pasado. En el último post, titulado "Despedida", explicó que dejaría de comunicarse por esa vía para dedicarse a la escritura de su último libro. Luego, reactivó ese espacio para sumar post en un nuevo blog Otros cuadernos de Saramago.
La reflexión del columnista de LA NACION, Santiago Kovadloff
Videos Por El Autor:
http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1276305

TRIBUTO A JOSE SARAMAGO: NA DOÇURA DA SEMENTE... QUE DE SER SE SURPREENDE... UMA AVE SE RECOLHE E ETERNIZA-SE EM NÓS! ( 1922-2010)

Espaço curvo e finito


Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças e ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe, um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.

(In OS POEMAS POSSÍVEIS, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1981. 3ª edição)


Fala do velho do restelo ao astronauta


Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.

(In OS POEMAS POSSÍVEIS, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1981. 3ª edição)


Eu luminoso não sou


Eu luminoso não sou. Nem sei que haja.
Um poço mais remoto, e habitado
De cegas criaturas, de histórias e assombros.
Se, no fundo poço, que é o mundo
Secreto e intratável das águas interiores,
Uma roda de céu ondulando se alarga,
Digamos que é o mar: como o rápido canto
Ou apenas o eco, desenha no vazio irrespirável
O movimento de asas.
O musgo é um silêncio,
E as cobras-d'água dobram rugas no céu,
Enquanto, devagar, as aves se recolhem.

(in PROVAVELMENTE ALEGRIA, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1985, 3ª Edição)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

POESIA: ABRIGAR EL SUDOR- RITA GALIASSO-









ABRIGAR EL SUDOR




Poseída de sensaciones


penetré la pasión para nacer de su interior,


conocí el martirio confundido,


y penetré su aurora;


llena de certidumbre


mi generosa piel, entre rebeldes heridas,


gime alegre,


derrida olvidos,


se conoce,


se desata,


prosigue...;


renace en cada lágrima,


busca el rumbo viéndose de a poco,


voltea...,


aleja el ultraje,


se aprieta a su grito


y espera tocarse con otra piel,


para abrigar el sudor inagotable


de la vida, esculpiendo sus abismos.




ABRIGAR O SUOR




De: Rita Galiasso (Argentina)




Tradução: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)






Posuida de sensações


penetrei a paixão para nascer se seu interior,


conheci o martírio confundido,


e penetrei sua aurora;


repleta de certezas


minha generosa pele, entre rebeldes feridas,


geme alegre,


derruba esquecidos,


se conhece,


se desata,


prossegue...;


renasce em cada lágrima,


busca o rumo vendo-se pouco a pouco,


voltea-se...,


distancia o ultraje,


se aperta a seu grito


e espera tocar-se com outra pele,


para abrigar o suor inesgotável


da vida, esculpindo seus abismos.

POESIA: NÚNCIA POÉTICA - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES



NÚNCIA POÉTICA


Do caos

Essa núncia poética buquê

Requer diálogo com o mistério do mundo

Da cosmovisão

Só a flor, a folha úmida, as borboletas e o livro aberto

De/vês restasse o som e na possibilidade da mão a escrita como capim verde

Na folha úmida larvas, pintassilgos, canário-belgas e ararajubas

Uma rá coaxa a graça de um alecrim e um

ai em mim estala

Só a poesia busca a delicada semente em um amante peito, creio

o cheiro de terra molhada espalha-se chuva olho-de-gato azul

no ar o infinito no céu de sua língua

preserva-se semente brota a evidência

do que é humano e falho

anseio no ser (d)escrever o valo de

estrelas na menina do olho n'água escorre essa luz/conhecimento

da energia condensada e de

um miosótis vale a pergunta que inunda

o fruto aberto

se somente sabemos o que aprendemos no despertar...

se Literatura pura não há...

O que há é um coexistencialismo estético que co(n)vida a vida ao livre pensar

Será que uma compreensão, um toque

Que toque nos reflexos mudaria o ato de pensar?




Do Livro: NÚNCIA POÉTICA (cbje, março de 2010)

POESIA: AL DESCIFRAR LOS PERGAMINOS- MARISA MARTÍNEZ PÉRSICO (ARGENTINA)






Al descifrar los pergaminos


Marisa Martínez Pérsico (Argentina)#


Nosotros
Que cantamos detrás de los cristales
La silente oquedad de un matrimonio
Que tejimos rosarios con los dedos, hilvanados con cintas perfumadas
Que vestimos de azahar y mocasines
Cada uno en su orilla, conocimos la mustia sinrazón de los contratos.

Nosotros
Que detrás de una bruma fotográfica
Entrevimos un cuerpo amado, ayer,
Cuando las grietas eran sólo un ocaso irreverente
Escalones de un viaje imaginario
Cada uno plantado en el sitio de su sueño
Como flores de témpera ceñidas al ras de una maqueta.

Nosotros
Que perdimos el manojo de globos en la esquina
Cuando el diablo nos partió la piedad en dos mitades,
Y arrastró los manteles y las lámparas al piso
Llevándonos a la isla donde flotan las migas de un naufragio
Donde crujen las últimas maderas de un incendio
Que nos ruge el ombligo de reproches
O nos lija el amor en todo el cuerpo.


Nosotros
Que jugábamos historias de piratas
Para usar la maldad en algún sitio
Que elegimos una ofrenda especial cada cumpleaños
Que la caspa o la tos nos redimían, por fin, de tanto prodigio sobrehumano
De tanta perfección indecorosa
Devolviéndonos al mundo de los vivos.

Nosotros
Que estuvimos casados con el viento
Que ahora somos inquilinos del instante
Para no atesorar sus privilegios;
Que incendiamos cien veces nuestras brasas, levantando alaridos a la luna
Uno al otro enhebrados como agujas sin cabeza
Con las alas del cuerpo chorreando las plumas de saliva:

Nosotros, que venimos de la nada
-del humo, del polvo, de la sombra-
Jamás imaginamos esta segunda oportunidad sobre la tierra


#Marisa Martínez Pérsico, poeta de Lomas de Zamora (Buenos Aires, Argentina) residente en Barcelona. Especialista en literatura hispanoamericana por la Universidad de Salamanca'.


AO DECIFRAR OS PERGAMINHOS


MARISA MARTÍNEZ PÉRSICO


Tradução: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)

Nós
Que cantamos atrás dos cristais
O silente vazio do matrimônio
Que tricotamos rosários com os dedos, alinhavados com coberturas perfumadas,
Que vestimos de flor -de -laranjeira e mocassins
Cada um em seu canto, conhecemos a irracionalidade murcha dos contratos.


Nós
Que perdemos o manejo de globos no canto
Quando o diabo nos partiu a piedade em duas metades,
E arrastou os panos e os abajures ao chão
Levando-nos para a ilha onde flutuam as migalhas de um naufrágio
Onde crepitam a última madeira do incêndio
Que marca nosso umbigo de censuras
Ou nos lixa o amor no corpo inteiro


Nós
Que brincamos com histórias de piratas
Usando a maldade em algum lugar
Que escolhemos um presente especial a cada aniversário
Que a caspa ou a tosse, finalmente, resgataram de tanto prodígio sobre-humano
De tanto perfeição imprópria
Devolvendo-nos para o mundo dos vivos.


Nós
Que estávamos casados com o vento
Que agora somos os inquilinos do momento
Por não armazenar os privilégios;
Que incendiamos cem vezes nossas brasas, enquanto erguendo gritos à lua
Um ao outro enfiou como agulhas sem cabeça
Com as asas do corpo que goteja as penas de saliva:


Nós que viemos do nada
- da fumaça, do pó, da sombra -
Nunca imaginamos esta segunda oportunidade na terra