Foto: Amélia Da Lomba (Angola)
AMÉLIA DALOMBA
Poetisa e jornalista angolana, Amélia DaLomba, nome
literário de Maria Amélia Gomes Barros da Lomba do Amaral (Tichinha), nasceu no
dia 23 de Novembro de 1961, no enclave de Cabinda, no Norte de Angola.
Estuda Psicologia Geral e simultaneamente
desenvolve a sua actividade profissional na área do jornalismo, nomeadamente o
jornalismo radiofónico e de imprensa. É colaboradora do Jornal de Angola ,
tendo publicado alguns dos seus textos poéticos na sua página cultural.
Obras publicadas: "Ânsia" (1995),
"Sacrossanto Refúgio" (1996), "Espiga do Sahel" (2004) e
"Noites ditas à chuva" (2005).
PREFÁCIO DE AMÉLIA DALOMBA PARA O LIVRO '"CANTIGAS PARA A MULHER DO SÉCULO XXI", DA POETA VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
VANDA SALLES,
Desencadeia de forma sistemática valores literários produtivamente enriquecedores, nas suas publicações, quer nas redes sociais, como nas suas mais diversas obras.
Em "Cantigas para a Mulher do Século XXI- 30 anos de poesia" expressa um imaginário repleto de sensibilidade, onde as preocupações com o Meio, a Natureza, o Amor, a Paz, as Crenças, a Divindade de cada um, a Mulher e a sua luta quotidiana pela afirmação do gênero como um grito; um grito, contra os atavismos das sociedades modernas, que insistem em alimentar ainda, as feras dos instintos, num prazer mórbido de dominar, impondo padrões estanques de conduta social, cultural e até política e humana, aos "menos abonados" pela sorte. Nesta obra, a poetisa, induz com a sua poesia " tal ondas encrespando-se nos rochedos", um novo olhar sobre o outro e a natureza, para uma profunda mudança interior, a partir dos nós;
A melodia da sua pena, na pauta publicada nesta obra, apela, a que sintamos a poesia, eduquemos os sentidos, para as expressões humanas mais singelas, como alimento das nossas almas, tão famintas de partilha, de beleza, de reflexão e até de música, conforme sua " Misteriosa Sinfonia".
As árvores, animais, flores e frutos têm vozes próprias; os homens, desde as canções nativas às mais eruditas, revelam as suas identidades, deixam suas almas a descoberto, então porque não respeitar a diversidade da existência e perceber pela poesia das palavras claras, a necessidade do despertamento ao mais elevado, identificado por Vanda Salles.
" No dia, em que o Deus Maior resolveu amar"
E todas as estrelas, os elementos da natureza de luz raiadas somando-se às janelas dos sentidos, denuncia:
" Amor eu só senti e como essas folhas ao vento sigo"
Viva Gonçalves Dias!
Bem-haja A POESIA!
AMÉLIA DALOMBA
Luanda, 15 de Setembro de 2013
A Canção do silêncio
Amélia DaLomba
A canção do silêncio é um poema ao suspiro
Mergulhado
Na profundeza do Índigo
O olhar de uma santa de barro
A linha do equador à deriva do pensamento
Gelo e sal e larva e mel
A canção do silêncio
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