Regiana Tavares e Osvaldo Gomes
- POESIA, POR QUÊ?
Vanda Lúcia da Costa Salles
I
Porque a brisa marinha
impregna as sensações
que amadurecem meu
corpo, e ela,
presença em pôres-de-sóis
nesse meu corpo vida irradia, sinto
ainda que a cidade pareça vazia
e a luz do teu sorriso seja
um pontinho exuberante
pros que ficaram no cais...
Por quem choram os violões?
Ah, essa nossa imaginação!!!
II
Imagino Maria Firmina dos Reis lá
-bandeira destemida, tremulante!-,
Em Cumã de Guimarães,
Quantos barquinhos ao mar?
Quantos anseios? Quantas esperanças?
Quantas canções em bandolins enfeitados?
Quantos amigos e abraços apertados?
Quantas noites, quantos dias?
Firmes como rocha... Quantas saudades?
Quantos peixes na fieira, ó Joana Costa?!!!
Vixe, pirão, camarão e limão? Sei não,
O que diria Gonçalves Dias?
III
Diga-me o que fazes, ó escritora Regiana Tavares, que aqui
não estás?
Tu que ousaste inusitada poética reivindicar?
Criando uma ciranda de um humano poetar
Educação é a chave, base desse o Amor!!!
Porque o momento permite um trago
Ainda trago, ó Dilercy Adler, nas mãos e
nas lembranças, o
gosto indelével
acri-doce
daquele licor alemão!
IV
Porque, às vezes, é tão difícil seguir os sonhos...
Viver é um risco, mas é preciso navegar.
Vencer as tempestades...
Aprumar o veleiro n’água
Seguir às estrelas
Rumo até o infinito dos lençóis...
Ou da própria
Lua
Na rua
Em que o Josenildo assobia a canção,
E a Nilce Farias sorri encantada
Quando o povo saracoteia o mesmo hino
Oswaldo Gomes passeia com toda a sua emoção,
Olhando de soslaio a moça bonita,
Amiga da mesma amiga,
Sentadinha na mesma praça,
Àquela mesma, ó Duzinha!,
em que o Ever (como bom peruano)
desenhou-me em branco papel
enquanto a banda passava,
cheinha de graça,
cantando coisas de amor!
V
Seria a flor preferida vermelha?
A orquídea? Um ser afim?
A Yasmin, a Angel, a Rita?
Eu? A Joselita, o Elcy Amorim?
A Maria Bonita sob os lampiões?
Heim, heim, heim, heim?!!!
VI
E nessa ciranda formada vieram somar:
A Idenilce, a Isabel, o Antonio Marcos,
A Silvia, a Augusta, a Adriana, a Isnândia
E a Tomasia, com sua calidez
- pássaros livres em prol da Educação!!!-,
Na aurora do dia,
Quando se adentraram
O Antônio Noberto e o Jean Yves, o amigo
francês
Só “Por Ver-te”, ó Vermelha Flor!!!
VII
Porque é preciso cantar
Alegrar a vida
Pra que o tempo
Não se perca em um rio de lágrimas,
Mas sim,
Que as mesmas sejam bem ditas,
vai daqui o meu carinho em forma de abraço,
porque juntos somos
no mesmo compasso!!!
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