MERCEDES PÉRES E ISABEL SÁNCHEZ VICAÍNO - ESPANHA- TAMBÉM ESTÃO NA A.E.A.C. - ACADEMIA ESTUDANTIL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO - BRASIL
ENTREVISTA concedida ÀS ARTISTAS PLÁSTICAS
MERCEDES E ISABEL VISCAÍNO PELA ESCRITORA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA VANDA LÚCIA
DA COSTA SALLES PARA O BLOG LITERÁRIO PALABRAS INCENDIADAS (ESPANHA), EM
24/04/2009
·
Diretora T.A.A.R –Brasil , Assessora
Internacional T.A.A.R
Con
motivo de la presentación del libro “ O CHAMADO DAS MUSAS” PÔ-ÉTICA HUMANA”,
palabras incendiadas dedica su entrevista a uma de sus autoras: poeta y artista
plástica, Vanda Lúcia da Costa Salles, que junto a la también poeta, Silvia
Aída Catalán, pusieron el alma y su buen hacer em este libro
Gracias por participar em esta humilde
entrevista para PALABRAS INCENDIADAS.
M e I : O
que a impulsionou à arte de escrever poesia?
V.L.C.S.:
A imagem do meu avô escrevendo e lendo em sua escrivaninha, isto me quedou na
memória como marca de vida.
M e I.:
Pertence a algum grupo de Poetas ou odeia os círculos viciosos?
V.L.C.S.:
Sim, ao T.A.A.R (Argentina), onde sou Diretora Internacional em Brasil.
Acredito que os círculos viciosos não medram a poesia.
M. e I. :
Que lhe sugere a poesia atual?
V.l.C.S.:
Uma bioecodiversidade de sentimentos e desejos e projetos de vida, com vida e
na vida.
M e I.:
Como definiria sua poesia?
V.L.C.S.:
Uma procura de desvendar o centro da forma... esse labirinto mágico que me
fascina. Coexistencialista em sua essência. Como essa que transcrevo abaixo:
UMA
LÁGRIMA EM MEU POEMA
Que me
diga os loucos
do ponto
oposto das normas,
essa
lágrima em meu poema
seja para
ferir a tristeza
em nossas
vidas,
como um
beijo enamorado.
Uma
lágrima em meu poema
meu
encanto em vida,
para os
meninos, meninas e loucos.
Irmãos de
minha utopia,
minha
gramática transfigurada
escreve-se
com saudades
e
sementes aladas.
Flui da
linguagem derramando-se
no vértigo
de sensíveis mãos,e,
às vezes,
se é
cifra esquecida... sentimentos,
mundo
incompreensível!
Então,em
tua alma, seja pão germinado.
M. e I. :
Tem algum tema preferido no qual inspira seus versos?
V.L.C.S.:
A vida e o tempo.
M. e I.:
Tem algum lugar preferido para receber sua inspiração?
V.L.C.S.:
Na cama ou mirando o mar, principalmente aqui, em Rio das Ostras-Brasil.
M. e I.:
Quando escreve tem definido um tema ou simplesmente é um impulso?
V.l.C.S.:
Às vezes sim, tenho um tema definido, outras apenas um impulso me elabora e
convida a desdobrar-me para além... num holomovimento estético.
M. e I.:
Seus escritos são produtos de sua imaginação, vivências pessoais ou somente
inspirações de tempos passados ou atuais?
V.L.C.S.:
Um pouco dos três. Todavia, creio que têm um quê da imaginação criativa.
M. e I.:
Crê que a poesia é realmente, uma arma carregada de futuro?
V.L.C.S.:
Sempre. Porque sem a poesia seria insípida da possibilidade de contemplação e
construção do que é humano no ser.
M. e I.:
Se mencionasse a alguns dos grandes poetas de todos os tempos, a quem nomearia
e por quê?
V.L.C.S.:
Para não cometer injustiça digo-lhes: todos os poetas verdadeiros em seu sentir
e que deixaram em nós a semente em flor germinada de um futuro fraterno.
M. e I.:
Que opina da difusão poética nos blogs (internet)?
V.L.C.S.:
Interessante. Alguns, realmente sensíveis e estéticos.
M. e I.:
Crê que a poesia é uma forma de terapia pessoal?
V.L.C.S.:
Sim, de certa forma a mim ensinou-me a mirar a mim mesma e as demais pessoas em
suas grandezas e miserabilidades.
M. e I.:
Que autores influenciaram em sua poética?
V.L.C.S.:
Monteiro Lobato ( Brasil), Cecília Meireles (Brasil), Oswald de Andrade (
Brasil), Gabriela Mistral ( Chile), Fernando Pessoa ( Portugal) e de certa
forma, todos àqueles a quem li e reli.
M. e I.:
Ser poeta é uma sorte ou uma desgraça?
V.L.C.S.:
Uma sorte, porque adoro esta palavra e escrever para mim foi uma escolha em
vida.
M. e I.:
Miguel de Unamuno sustentava que no poeta deve prevalecer a preocupação
metafísica. Rubén Darío a preocupação estética. Com quem se quedaria?
V.L.C.S.:
Adoro ambos, todavia gosto de ter uma preocupação com a estética.
M. e I.:
Que três coisas diria a um poeta que começa seu caminhar?
V.l.C.S.:
Que ouse sonhar, acredite sempre que a palavra é a verdadeira semente da
humanidade e que seja fiel a si mesmo.
M. e I.:
Quais são os temas poéticos que mais lhe inquietam?
V.L.C.S.:
A vida, a morte, a natureza, o homem e o tempo.
M. e I.:
Poderia contar-nos um pouco de sua vida, de suas obras publicadas, prêmios,
atividades literárias?
V.L.C.S.;
Chamo-me Vanda Lúcia da Costa Salles. Sou educadora, artista plástica e poeta.
Nasci em Italva ( palavra que significa: pedra branca) e meu nome tem como
significado: peregrina da luz. Tenho 53 anos quase completos. E estou na idade
do sorrir, sempre. Possuo 6 livros publicados e outros tantos a publicar. No
entanto, amo a narrativa NO TEMPO DISTRAÍDO, porque se trata de um pastiche
sobre a pessoa humana imerso na sociedade contemporânea globalizada, onde a
personagem central é a Língua Portuguesa, isto é, A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO ( nome
dado ao idioma pelo poeta Olavo Bilac).E estou deveras encantada com a
publicação atual que se chama O CHAMADO DAS MUSAS; PÔ-ÉTICA HUMANA: O Enigma do
Recheio – a arteterapia ao sabor da educação brasileira ( pesquisa em Arte e
Educação ), construção poética a partir de trabalhos em artes plásticas,
teatros, musicais, vistos à luz da Arteterapia. Prêmios quase nenhum,
atividades literárias inúmera
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