quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

POESIA DE VANDA SALLES: MACHADO DE ASSIS






NO LIVRO

M achado de Assis é flor
no infinito riscar da palavra resistência
lema da língua
Nossa!
Ah, se a prosa que o enlaça
ficasse em mim
um pouco mais tão rima fina
um acalanto 
para o meu amor


Leio
em teus lábios
o que me
desatina a língua
E o
canto
que encanta-me
vida e alma

quarta-feira, 18 de julho de 2018

quarta-feira, 13 de junho de 2018

MARINÁ DO BRASIL- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES



                                Foto: Mariná de Moraes Sarmento-Mariná do Brasil - poeta brasileira


Mariná Valentim de Moraes Sarmento nasceu em Santa Maria Madalena, Estado do Rio de Janeiro, a 15 de novembro de 1909, filha de Antônio Francisco Valentim e Rita de Cássia Rodrigues Valentim, segunda filha do casal, também pais de Maria Rita. Quando menina mudou-se com os pais para Macaé, onde completou seus estudos primários. A família, em seguida, radicou-se no Rio de Janeiro, onde Mariná completou os estudos secundários e superiores. Casou com o engenheiro Luiz Brandão de Moraes Sarmento, titular da nobreza portuguesa, Conde Moncorvo e Alorna. Mariná, inteligente, de rara energia e talento, iniciou-se em Literatura, que foi sua grande paixão na vida. Seu marido proporcionou-lhe viagens aos cinco continentes, onde Mariná aprimorou sua cosmopolita cultura. Escreveu poesia e relatos de viagens, publicando mais de 30 livros, o primeiro “Ânfora” que a lançou poeta de valor e admirada. De larga visão e atividade incansável tornou-se uma embaixatriz diletante do Brasil no Exterior, participando de muitas academias de Letras e Artes do Brasil e do Exterior. Apaixonada por Petrópolis, aqui conviveu com Gabriel Mistral, poeta chilena e Prêmio Nobel de Literatura, que residiu por muitos anos na Cidade Imperial, fundando Mariná a “Sala de Letras e Artes Gabriela Mistral” destinada a cultuar a memória da grande escritora e, ao mesmo tempo, estabelecer intercâmbio cultural com nações de Cultura Latino-Americana. Portadora de inúmeras condecorações e expressivas homenagens, ingressou na Academia Petropolitana de Letras, cadeira nº 16, patrono Silvio Romero, tomando posse a 19 de setembro de 1959, tornando-se assídua freqüentadora do sodalício e sua maior divulgadora. Falecendo o marido, continuou sua atividade com vigor e dedicação, até se ver obrigada a recolher-se à Ordem do Carmo, no Rio de Janeiro, como hóspede-pensionista, à falta de parentes e familiares. Mesmo idosa, na casa dos 90 anos de idade, continuava a escrever e publicar trabalhos e marcar assiduidade em nossa Academia e na Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni, da qual era acadêmica titular e em outras entidades congêneres do Rio de Janeiro. Declamava poemas com desenvoltura e muito talento. No final do ano de 2002 regressou a Santa Maria Madalena para viver seus últimos dias. Lá adquirira uma sepultura sob desejo manifesto de repousar definitivamente na terra natal. Deixou-nos a 23 de janeiro de 2003, aos 94 anos de idade completos. Deixou valiosa produção literária e uma saudade imensa no coração de seus admiradores aquela que foi conhecida internacionalmente como
“Mariná do Brasil”.


segunda-feira, 30 de abril de 2018

MARINÁ DO BRASIL - POESIA

                               Foto: Mariná do Brasil



                                              MARINÁ DO BRASIL


                                                                   Por: Vanda Salles



M eu  coração sente
A  imensa sensação de plenitude
R i, esperneia dentro de mim
I  ntensamente assim, como se
N o  afã houvesse todo o przer
Á   vida, no bailar cigano que iniciaste...

D ivinamente, Ó Senhora minha,
O que fazes tão silenciosa  nessa praia translúcida?

B eira-mar o Sol  irradia
R iscos, entre mariscos e algas e areia brilhantes
A h! Como seria o dia se a alegria da amizade trouxesse todas as possibilidades!
S im, estaremos lá... No raiar do dia,
I nfinitamente, muito além, do
Limite estabelecido por àqueles que nada sabem de sonhos ou de poesias