Foto: Mariná de Moraes Sarmento-Mariná do Brasil - poeta brasileira
Mariná
Valentim de Moraes Sarmento nasceu em Santa Maria Madalena, Estado do Rio de
Janeiro, a 15 de novembro de 1909, filha de Antônio Francisco Valentim e Rita
de Cássia Rodrigues Valentim, segunda filha do casal, também pais de Maria
Rita. Quando menina mudou-se com os pais para Macaé, onde completou seus
estudos primários. A família, em seguida, radicou-se no Rio de Janeiro, onde
Mariná completou os estudos secundários e superiores. Casou com o engenheiro
Luiz Brandão de Moraes Sarmento, titular da nobreza portuguesa, Conde
Moncorvo e Alorna. Mariná, inteligente, de rara energia e talento, iniciou-se
em Literatura, que foi sua grande paixão na vida. Seu marido proporcionou-lhe
viagens aos cinco continentes, onde Mariná aprimorou sua cosmopolita cultura.
Escreveu poesia e relatos de viagens, publicando mais de 30 livros, o
primeiro “Ânfora” que a lançou poeta de valor e admirada. De larga visão e
atividade incansável tornou-se uma embaixatriz diletante do Brasil no
Exterior, participando de muitas academias de Letras e Artes do Brasil e do
Exterior. Apaixonada por Petrópolis, aqui conviveu com Gabriel Mistral, poeta
chilena e Prêmio Nobel de Literatura, que residiu por muitos anos na Cidade
Imperial, fundando Mariná a “Sala de Letras e Artes Gabriela Mistral” destinada
a cultuar a memória da grande escritora e, ao mesmo tempo, estabelecer
intercâmbio cultural com nações de Cultura Latino-Americana. Portadora de
inúmeras condecorações e expressivas homenagens, ingressou na Academia
Petropolitana de Letras, cadeira nº 16, patrono Silvio Romero, tomando posse
a 19 de setembro de 1959, tornando-se assídua freqüentadora do sodalício e
sua maior divulgadora. Falecendo o marido, continuou sua atividade com vigor
e dedicação, até se ver obrigada a recolher-se à Ordem do Carmo, no Rio de
Janeiro, como hóspede-pensionista, à falta de parentes e familiares. Mesmo
idosa, na casa dos 90 anos de idade, continuava a escrever e publicar
trabalhos e marcar assiduidade em nossa Academia e na Academia Petropolitana
de Poesia Raul de Leoni, da qual era acadêmica titular e em outras entidades
congêneres do Rio de Janeiro. Declamava poemas com desenvoltura e muito
talento. No final do ano de 2002 regressou a Santa Maria Madalena para viver
seus últimos dias. Lá adquirira uma sepultura sob desejo manifesto de
repousar definitivamente na terra natal. Deixou-nos a 23 de janeiro de 2003,
aos 94 anos de idade completos. Deixou valiosa produção literária e uma
saudade imensa no coração de seus admiradores aquela que foi conhecida
internacionalmente como
“Mariná
do Brasil”.
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