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Foto: Matisse (nuazul)
COM SUA FLOR EM DELÍRIO
A Darcília Simões
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)
De um gesto, aguamos
o que preciso se fez
no tempo,
tão prenhe de jovialidade
Era um momento de abril
em que escancarada,
nas faces,
a liberdade estendia-se
(no azul do céu)
com sua flor em delírio, e nós?
Nós, apenas sorrisos
no disfarce
salpicado de estrelas
Outono adentrava-se,prenhe
de voz,o Adorno sabia-se de cor.
Van Gogh, ai! que paixão insuspeitada.
E na escritura aguçada do ouvido
sanhaço esqueceu-se canto
Ora Drummond rompia o tédio,
ora Clarisse enlouquecia a lucidez.
Ora Vinicius pedia uma água de coco,
(Só para viver um grande amor),
do coco a música rolava,
e eu ensismemada com Kafka
Ora ora,violão
como um inseto incomoda o gosto,
para nunca mais ser o mesmo,
o paladar
e suas memórias
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