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Foto: GILLES LIPOVETSKY
PARA GILLES LIPOVETSKY OU SONETO DA DIVINA FLOR
De: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)
Se comigo me desavim, esquecido da divina flor
Oh, meu amor! Enlouqueci de desgosto
E nem os traços de teu rosto... De leve
Pude em minhas mãos acalentar o dia
Adormeci covarde, tão ingrato a ti... Só em tristeza
Renegando a beleza que a vida preza... Vivi...
Esta máscara apodrecendo-me a face... Quase
Dilacera n’alma minha, a luz, dessa tua espera
Errei, bem sei. E sabes tão bem que já não minto
Se pressinto a doce liberdade... Vencido estou!
Perdoa-me, amor! Por te amar tão desastrado
És a Divina Flor desse poeta alucinado... Que nada sabia da beleza.
Que já não olha as perdas, só acaricia o sentimento alado,
Cuja Musa acentuando a cura... Não menospreza as cicatrizes nuas!
Do livro: DA APRENDIZAGEM... DAS ASAS
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