quarta-feira, 12 de junho de 2013

POESIA: DIARUM - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




DIARUM


                  Vanda Lúcia da Costa Salles



languidamente, mas
com tal elegância,
elevaste as mãos como
se quisesse tocar as estrelas, gelei
ao ver-te,
na possibilidade do pulo,
pensei,
Sabe, a vida faz
cada coisa com a gente,
descobri
que,
vivi, ali,
a infinitez das horas e
a fonte onírica da beleza
descortinou-se a mim, rara Diarum
Atrevidamente, a tristeza foi-se
embora, o peito batucasse paixão,
o coração estalou de mansinho
seu canto maior ecoou destemido
ouviu-se do riso amor
encanto todo, quando
de tua boca oferecida
o gozo
saboreei disfarçadamente em versos
a escorrer-me  canto a canto
como no campo o trigo maduro,
como alecrim e tomilho
no dia em  que leias, face a face,
desse corpo o pulo
( à mesa)
o fruto adocicado
saberá da cadência
e entenderá a sintonia, de
"Meu Deus, por que cai de rasgado?"

segunda-feira, 10 de junho de 2013

POESIA: BELEZA - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




BELEZA



    Vanda Lúcia da Costa Salles


 A vida rasga o ventre com esperança e
as pegadas de sua ausência me desatina as horas, levo
somente gerânios e tulipas de encontro ao peito,
semeio
nesse sopro de alento
a rosa, esta
que deste-me
quando dos gorjeios de pássaros
rasgaram-se soluços
e aves raras
o que sobraram dos sonhos destemidos...   Abrigamos de jeito...A utopia
 E atravessamos a ponte
que une
beleza e encanto,
na luz de tua mirada
o amor,
abriu-me as portas
assim,
enfeitou-se libido na pele do dia



Ah, por que lê Camões, Vinicius e  Lorca?