quarta-feira, 14 de dezembro de 2016









I ANTOLOGIA  “ RESISTA AMOR, RESISTA!” DA ACADEMIA ESTUDANTIL DE ARTE CONTEMPORÂNEA-A.E.A.C.   – DO MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO/2017


DA INSCRIÇÃO:


1-      É aberto a todos os estudantes e de quaisquer nacionalidades e/ou idades:  poetas,  escritores, artistas plásticos e outros, gratuito,  até a data de 15/02/2017;

2-      De tema livre que contemple humanidades (=arte), a beleza e o respeito humano, aceitaremos poemas, ensaios, crítica literária, desenhos, pinturas, contos, crônicas, entrevistas   e/ou outro gênero qualquer. Enviar currículo;

3-      O envio do material será para os e-mails:   
       vanda-salles@hotmail.com  
         ou  

4-      Ao se inscrever na Coletânea, o autor autoriza automaticamente que a
organização faça uso do seu texto, suas imagens, som da voz e nomes em mídias
impressas ou eletrônicas para divulgação do projeto em questão, inclusive publicação da Antologia em formato eletrônico – e-book - sem nenhum ônus para   os organizadores, para maior visibilidade dos autores, da Antologia e maior
alcance da obra junto aos leitores, principalmente em escolas públicas do Brasil e quaisquer outro país.

5-      A Listagem Final dos Participantes será divulgada oficialmente para a
mídia no final de fevereiro de 2017.

Obs.: Os escritores, poetas e demais artistas e/ou estudantes entrevistados pelos alunos dos CIEPs 121 e 257 em trabalhos de pesquisas literárias e Produção Textuais (desde 2007/8 até os dias atuais) estão automaticamente fazendo parte da fundação da  A.E.A.C, e desde que concordem, farão parte desta Antologia. São eles; Líria Porto (MG-Brasil), Laerte Coutinho (SP-Brasil), Nazareth Tunholi( ES- Brasília-DF-Brasil), Dilercy Adler(Maranhão-Brasil) , Filomena Vieira ( Guiné-Bissau- França), Maggye De Coster (Haiti-França), Silvia Aida Catalán (Argentina) , Daniel Montoly( Rep. Dominicana- Ohio-E.U.A, Adela Figueroa Panisse (Galiza) , Salvador Verzi (Argentina), Ana Néres Pessoa Gois, Vanda Lúcia da Costa Salles (RJ-Brasil), Hilda Interiano de Payés (Honduras), Leonardo Nin (Rep. Dominicana-Houston-E.U.A), Júlio Pavanetti ( Uruguai-Espanha), Isabel Rezmo ( Ubeda-Espanha),  Lourenço Mussango (Angola), Billy de Matos (RJ-Brasil), Isaac Nilton (Angola), Nilza Freire (RJ-Brasil), Marina de Moraes Sarmento (in memorian), Hilda Interiano de Payés ( in memorian), Valéria Gurgel ( MG-Brasil), Ana Néres Pessoa Góis ( Imperatriz-MA-Brasil),  entre outros.

DA PUBLICAÇÃO :
1-       
 1- Se efetivará por renomada Editora no Brasil, a ser divulgado a partir de 25/2/2017.


DA  APRESENTAÇÃO:

1-      A apresentação e Entrega de dois (2) exemplares a cada coautor será no I ENCONTRO ESTUDANTIL DE ARTE CONTEMPORÂNEA, em maio de 2017, local a confirmar, além das  entidades participantes e/ou apoiadoras:



sábado, 3 de dezembro de 2016

ACADEMIA ESTUDANTIL DE ARTE CONTEMPORÂNEA LANÇA SUA I ANTOLOGIA -ORGANIZADA POR VANDA LUCIA DA COSTA SALLES PARA MAIO DE 2017














ATENÇÃO!!!  ATENÇÃO!!!




POETAS



                         ESCRITORES








                                                                  ESTUDANTES








                   


 PARTICIPEM!!!


    DA I ANTOLOGIA DA ACADEMIA ESTUDANTIL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO
MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO


ORGANIZAÇÃO: VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES


ENVIO DE  TEXTOS  PARA
vanda-salles@hotmail.com
ou
dacostasalles@hotmail.com


ATÉ 15/02/2017


LANÇAMENTO PREVISTO PARA 26/05/2017  - RJ-BRASIL


POETAS, ESCRITORES E ESTUDANTES JÁ PARTICIPANDO ATÉ O MOMENTO:

AMÉLIA DA LOMBA - ANGOLA
ANA CINTIA GOMES DA SILVA - MARAMBAIA-BRASIL
ADELA CLORINDA FIGUEROA PANISSE - GALIZA
ANNABEL VILLAR   -  URUGUAI/ESPANHA  ( LICEO POÉTICO DE BENIDORM)
CAMILA PAIVA DA SILVA  - MARAMBAIA-BRASIL
CÁSSIA KETELYN FILADELFO - MARAMBAIA-BRASIL
DANIEL MONTOLY   - REPÚBLICA DOMINICANA/ OHIO-E.U.A.
BERNARDO FERREIRA DA SILVA  - MARAMBAIA-BRASIL
DILERCY ARAGÃO ADLER -  MARANHÃO-BRASIL
GABRIELA SANTOS DE MATTOS - MARAMBAIA-BRASIL
GISENE P. DA SILVA   -  MARAMBAIA- BRASIL
HILDA INTERIANO DE PAYÉS (IN MEMORIAN) - HONDURAS-BRASIL
ISABEL REZMO        -  ESPANHA
JENNIFER GUERRA - MARAMBAIA-BRASIL
JÔNATA CONCEIÇÃO PINHEIRO - MARAMBAIA - BRASIL
JÚLIO PAVANETTI   -  ESPANHA  ( LICEO POÉTICO DE BENIDORM)
JULIA ROBERT NEVES RIBEIRO - MARAMBAIA-BRASIL
KAUANE SILVA - MARANHÃO-BRASIL
LARISSA DA CONCEIÇÃO PACHECO - MARAMBAIA-BRASIL
LÍRIA PORTO            - MG-BRASIL
LAERTE COUTINHYO  - SP-BRASIL
LEONARDO NIN      - REPÚBLICA DOMINICANA- HOUSTON-E.U.A.
MAGGY DE COSTER   - HAITI - FRANÇA
MARTA MEDEIROS -  RJ-BRASIL
MARINÁ DE MORAES SARMENTO (IN MEMORIAN)- RJ-BRASIL
NAZARETH TINHOLI  -  BRASÍLIA- BRASIL
REGIS ANDERSON - MARAMBAIA-BRASIL
REGIANA TAVARES     - GUIMARÃES-BRASIL
ROSANE SALLES     -  SG - BRASIL
SALVADOR VERZI   -  BUENOS AIRES-ARGENTINA
SILVIA AIDA CATALÁN - BUENOS AIRES- ARGENTINA
THIAGO GARCIA MACIEL - MARAMBAIA-BRASIL
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES-  SG-BRASIL

ENTRE OUTROS RENOMADOS PARTICIPANTES!!!



AGRADECIDA AOS COAUTORES PARTICIPANTES!!!




 



sábado, 5 de novembro de 2016

A POESIA COEXISTENCIALISTA DE VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES









"  A MINHA POESIA É COEXISTENCIALISTA PORQUE REFLETE SOBRE A QUESTÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL COMO MEIO AMBIENTE QUE DEVE SER PRESERVADO: O CONHECIMENTO E O USO QUE SE FAZ DELE E DE SUAS DIFERENTES LINGUAGENS".
                                                                      Vanda Lúcia da Costa Salles



           LUZ



   Um pássaro entrou
    pela porta entreaberta
dessa casa quase deserta
rodopiou sobre si mesmo
em suaves gorjeios
depois elevou-se
em exaltados cantos
até despertar o menininho cego
pousar em sua mão esquerda
e transformar-se
lágrimas de paz
     gota
       a
    gota!



CANÇÃO NATIVA

          Nas ruas da vida
uma mulher caminha suas dores
  entre homens de pedra
tão-só, mas tão só
que uma estrela cadente atravessa
         o espaço em tempo.
   no tempo
  a fantasia pendurada desmascara
                            a face da quintessência
         No alpendre de uma casa antiga
    de súbito
uma criança rasga o ventre da tarde
                                  cantando utopias.


Ah!  O que seria de nós se não fosse a poesia?





quinta-feira, 3 de novembro de 2016

COM O SONHO NO OLHAR- POESIA DE VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES





Foto: Vanda Lúcia da Costa Salles


COM O SONHO NO OLHAR

estrelas brilham em nós
quando cantamos à vida
ávida de espanto
e felicidade
estrelas brilham em nós
erguem-se cheíssimas de luz
e exaltam a glória do senhor no universo,
Ó Deus, como é fecundo o instante!
estrelas brilham em nós
estrelas brilham em nós
e dão significado ao dia que se inicia...
porque o esplendor fulgurante do teu olhar
mostra que também estamos
com o sonho no olhar... E nosso olhar tão igual...
na imensidão do infinito
somente
estrelas brilham em nós...

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

EM SÃO GONÇALO-RIO DE JANEIRO-BRASIL: RECITAL MULTIDISCIPLINÁRIO CONTRA A GUERRA E PELA PAZ, SUSTENTABILIDADE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL NO MUNDO










LOGOMARCA ELABORADA PELA POETA E ARTISTA PLÁSTICA VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES- FUNDADORA DA A.E.A.C.-ACADEMIA ESTUDANTIL DE ARTES CONTEMPORÂNEA
A SER OFICIALIZADA NO DIA 23/09/2016, NO CIEP BRIZOLÃO 121-PROF. JOADÉLIO CODEÇO-MARAMBAIA-SG-BRASIL






sábado, 10 de setembro de 2016

ALL EM COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DE SÃO LUÍS-MA E PRESENTE NO MOVIMENTO INTERNACIONAL 100 MIL POETAS POR TRANSFORMAÇÃO DO PENSAR E AGIR NO MUNDO-DELEGAÇÃO DO LICEO POÉTICO DE BENIDORM NO MARANHÃO-BRASIL




A PRESIDENTE DA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS, DILERCY ARAGÃO ADLER E OS CONFRADES: ALDY, MACATRÃO, NOBERTO, LEOPOLDO VAZ, 








ANIVERSÁRIO DE 404 ANOS DE FUNDAÇÃO DA CIDADE DE SÃO LUÍS

- 08 de setembro de 2016 –

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

MULHER: POESIA DE VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




MULHER

no recôndito do instante
inaugures a delícia de ser
o inequívoco poema

de ti



quarta-feira, 27 de julho de 2016

CRÔNICA: DENTRO DE NÓS - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES




DENTRO DE NÓS



                                  Vanda Lúcia da Costa Salles




      Em momentos que a mente acaricia, sei que vives, com esse ar de Dama antiga e dissimulada porque sabes que a saudade brota gerânios, tulipas e hortelãs. Como  grapete, nomeada era e os netos vinham saber dos causos e namoricos de adolescentes. E ficávamos sorrisos largos, a retirar os cabinhos das pimentas malaguetas ou a formar, peça a peça, a beleza de um fuxico.
      De certo que a dúvida nunca adentrava o afã do peito amante, dançando um samba ou um cateretê. Então, dizias, em tardes de veranico, " a maresia entorna o caldo do pirão de carapeba, moreno, prepara a lenha que o fogo já nos convida". E toda faceira, alisava os lençóis.
      Um, dois, três, quatro, cinco, seis filhos seus e mais três de quebra no angu do tacho, criados com tapioca, violão e rede. " Neném que o diga, Josias nada sabe do clarão da Lua quando a noite brilhava encanto. Vanda, tão bom seria se tivéssemos um tapete voador, não?" Imaginar nem era preciso, sabíamos que do sonho era a vantagem do guia. Seguíamos pegadas.
       Pintora fosse, falou um dia, chuva caindo fininha como agulha perdida na cegueira do olhar, " eu pintava a flor, delicada flor, e enfeitava a casa de Seu João Aleijadinho. O pobre, mal consegue respirar, mas também uma solidão tão torta, que nem cal as paredes aceitam. Coitado, diz caminhar nas horas." Ouvido atento, dentro de nós, a admiração se expandia como pé de samambaia ou cortadeira chorona. Ah!  Senhora de toda a nossa vida e matriz de mim, como sufocar a ausência que deixaste nessa casa com portão verde floresta e uma biblioteca comunitária num desejo todo próprio do projeto firmar?
       Num cavalinho branco que penso ser o unicórnio azul de teus sonhos de menina ( o qual, contastes oras a fio, enovelando as nossas cabeças fantasiadas de colombinas, em uma noite de Carnaval  passado em Balneário de São Pedro D'Aldeia), partistes, como quem parte desejando boa-noite e no dia seguinte viesse convidativa para um banho de mar, nas Dunas ou no Farol.
       Às vezes, ao ler sobre o Egito Antigo ou  O Alienista, de Machado de Assis, creio vê-la ao meu lado, tão dentro de nós, em sorriso de coqueteria, " ainda serás, uma grande, mais grande professora e eu, apenas  a mãe".
       Chamava-se Maria Amaral Ferreira, neta do Capitão Costa, filha de Olívia da Costa Amaral, e amava poesia.

sábado, 28 de maio de 2016

INTERCÂMBIO CULTURAL ENTRE A PARAÍBA, BRASIL E OUTROS PAÍSES- VANDA SALLES RECEBE CERTIFICADO









A escritora Vanda Lúcia da Costa Salles é agraciada com o Certificado de Intercâmbio Cultura entre a Paraíba, Brasil e outros Países:





Os nossos mais sinceros agradecimentos!!!

sábado, 12 de março de 2016

UM LOBISOMEM EM ITALVA-VANDA LUCIA DA COSTA SALLES








UM LOBISOMEM  EM ITALVA

                                                            
       Contava papai que  um homem, em Italva, vai a Cachoeira do Caboclo, encontra um bau de moedas de ouro espanhol, volta para a sua cabana, três meses depois é encontrado morto . “Como?”  “O que acontecera?”  Senhores, senhoras, vos conto:  Tchecov ( aquele escritor russo com mania de fluxo da consciência e que tinha a literatura como sua  amante) diz que  uma história visível esconde uma história secreta, portanto saibam que esta também possui e é uma história secreta. Aliás, secretíssima, segundo os italvenses e papai.
         No bulício da manhã, na rua Cel. Luis Salles, Targino- o turco-,  caminhava em direção a Câmara Municipal da cidade para assumir o seu posto de vigilante,  quando ouviu às suas costas o ploc-ploc inusitado de  saltos altos vermelhos daquela esplendorosa  loura em seu corpo violino sob um vestido azul transparente e enlouquecedor. Tropeçou. Engasgou. Cuspiu, sem querer. Sorriu timidamente como se fora um adolescente, segurou um pum e quis fugir, não necessariamente nessa ordem. E não sabia o porquê cargas d’água, sua mente fincou pensar no morador das imediações da Cachoeira do Caboclo que todos na cidade, principalmente os mais velhos, diziam ser um LOBISOMEM. 
        A loura em seu vestido azul transparente passou por ele chiquérrima e educadamente disse:
        - Bom dia!!!
        Tolamente, ouviu sua voz respondê-la:
        - Vai com Deus! -. E desconcertado teve tempo de vê-la virar o pescoço e olhá-lo firme e sagaz, com maravilhosos olhos verdes, e por tudo que é mais sagrado no ser, jurava que em cada pupila havia um traço marrom vertical, igualzinho aos gatos moriscos. “Quem seria a gata?” “Seria parente do tal morto, o das tais desaparecida moedas de ouro que tanta gente do munícipe ansiava encontrar?” “Não parecia perigosa, sim desejável.”  E na insanidade célere do pensamento e transformação retardada da palavra, ouviu-se dizer ainda: “Bom dia!” A loura seguiu o seu caminho e virou a esquina.
        A rua aquela manhã parecia como as de sempre, os transeuntes passavam e alguns adolescentes em algazarras, em direção ao Coleginho. Algumas lojas abertas, outras a abrir, escancarando os seus mostruários. Jorge, o carpinteiro e amolador de ferramentas e facas e alicates passou pedalando fortemente a sua velha bicicleta em direção a Rua Portela Salles, com o intuito de ganhar a Ponte em um só lance de pedalada. Ele vivia apostando consigo mesmo vencer os minutos empregados. Quando sorria, ganhava. Ainda teve tempo de lhe dizer e ouvir em resposta:
      - Às cinco e meia, no bar do Zozó!  Urgência de fala, vai  longe pocar ?
      - Prego, tô indo lá pras bandas da Cachoeira, na casa do Seu Militão amolar as ferramentas e arados. Vai pocá outro! 
       Sorrindo de gosto, Targino apressou os passos e adentrou afoito na Câmara Municipal. Bateu o ponto e calmamente fixou-se em seu posto. Quase as  cinco em ponto, Haroldo- o secretário do Edil Marcelinho-,  lhe entregou tudo tim-tim por tim-tim.
      Chamava-se Iona Antonescu e vivia próxima a “Caverna com ossos”, na antiga ruína da roda do Caboclo. Diziam possuir licantropia ( do grego “lycos”, significando “lobo”; e “anthropos”, significando “homem”), e segundo o nosso psiquiatra de plantão “ a crença de que era uma fêmea lobisomem”. O que ela deseja é poder, o poder local. Há quem diga que possui desejos sexuais reprimidos. E que na primeira lua cheia, zup!, transforma-se em uma Lobisomem.  Entretanto, para mim,  ela é  a vampiresca de Manaus. Veja! -. Dissera Haroldo: “essa mulher é altíssima, tem mais de 1.97 cm, claríssima, de uma brancura singular, olhos felinos ( você viu, não viu?). Avermelhadas pupilas ( note bem!), cabelos louros dourados, dentes arreganhados, limados e afiados. O seu jeito de caminhar mais parece um animal buscando uma presa.
       - É, mas o que ela veio mesmo é descobrir quem matou o seu irmão. O tal morto das moedas de ouro espanhol era irmão da tal. – Entrou na conversa, contando o que faltava, o Miguelzinho, do Tino, com sua enorme cabeleira empastelada de gloss.
       - E você, espião duma figa, o que faz aqui assuntando o papo, heim? – Indagou-me o Quinzinho, do Tavo.
       - Sei não, gente, essa história ainda dará caldo!- Disse, afastando-me de tudo e de todos.
       Papai dissera ser tudo besteira. Que o tal lobisomem havia porque, certa vez,  espancara de tal forma sua velha mãe, que esta o amaldiçoara, rogando-lhe uma praga, que na primeira lua cheia se transformaria em um bicho peludo. Dito e feito. Na primeira lua cheia, aparecera em Italva, esse primeiro e único lobisomem, isso nos idos de 1910, e, atacava os galinheiros estraçalhando o pescoço das galinhas, assustando o gado no pasto, encurralando e chimbicando as mulheres todas, até que a dona Mariquinha- a viúva-, com sua carabina de balas de prata escarfundou o peito do talzinho lobisomem italvense com um balaço só. Daquele dia em diante, nada de lobisomem na cidade. Somente no imaginário dos velhos e das crianças, disse-me ele, enquanto o via contando inúmeras moedas de ouro, limpá-las uma a uma com um flanela para depois coloca-las em um velho bau de madeira com um indescritível brasão espanhol.   Por via das dúvidas, indaguei a ele e  sai de fininho:

         -  Pai, aquela bala de prata na cumieira que o senhor retirou do peito, como foi mesmo que se sucedeu?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

AOS SONS DOS AMADOS BEM-TE-VIS/AUX SONS DES BEM-TE-VIS AIMÉS- MADALENA'S





Vanda Salles
 Nasceu em Italva (RJ), Brasil, em 25 de abril de 1956. É professora, escritora, poeta, ensaísta, artista plástica, compositora, tradutora e conferencista. Graduada em Letras/Português-literaturas (UERJ/FFP); Especialista em Literatura Infantojuvenil (UFF-Niterói); e, em Arteterapia na Saúde e na Educação (UCAM-RJ). É membro de Academias de Letras Nacionais e Internacionais. Participa de Várias Antologias Nacionais e Internacionais. Publicou diversos livros solo.


Vanda Salles
 Née à Italva (RJ), Brésil, le 25 avril 1956. Elle est professeur, écrivain, poete, auteur d’essais, artiste plastique, compositeur, traductrice et conférencière. Licenciée en Lettres/Portugais-Littératures (UERJ/FFP); Spécialiste en Littérature Infantile-Juvénile (UFF-Niterói); et en Thérapie par l’Art en Santé et en Éducation (UCAM-RJ). Membre d’Académies de Lettres Nationales et Internationales. Participe à Diverses Anthologies Nationales et Internationales. A publié divers livres solo.

AUX SONS DES BEM-TE-VIS AIMÉS

      Il y a quelque chose d’étrange en moi. C’est cette manie indélébile de parler aux roses et aux bem-te-vis (oiseaux) qui se posent sur ma fenêtre fleurie. Maman était comme cela aussi, mais c’est grand-mère qui avait cette manie au plus haut degré. Elle avait foi dans la vie. Elle aimait les personnes, mais elle aimait les bem-te-vis. Elle me disait: “un jour, qui sait, Dieu va peut-être m’accorder le privilège de me transformer en siririca (oiseau femelle)...”.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

MARIA FIRMINA DOS REIS NO CAFÉ LITERÁRIO DE ALUNOS EM SÃO GONÇALO



ALUNOS, DA TURMA 901/2015,  PARTICIPAM DO PROJETO 190 POEMAS PARA MARIA FIRMINA DOS REIS
 ( ORGANIZADOS POR DILERCY ADLER E LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ)  E MONTAM LINDO CAFÉ LITERÁRIO EM MARAMBAIA, SÃO GONÇALO, PARA APRESENTAREM OS LIVROS DOADOS PELA PROFESSORA E E/SCRITORA  VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES

sábado, 23 de janeiro de 2016

VANDA SALLES 'AOS SONS DOS AMADOS BEM-TE-VIS ' PARTICIPA DE MADALENA'S EM PROSA E VERSO...






A poeta brasileira VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES ou VANDA SALLES participa também da ANTOLOGIA EM PORTUGUÊS/FRANCÊS DE MADALENA'S EM PROSA E VERSO, COM 'AOS SONS DOS AMADOS BEM-TE-VIS/





"A antologia da ONG Madalena's Suiça-Brasil.. Estamos felizes por poder participar deste lindo projeto em comemoração aos 15 anos desta instituição que trabalha arduamente por um mundo melhor.

Nosso prefácio conta com um texto da embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo, do Consulado Geral do Brasil em Genebra, nossa capa é uma linda obra do artista suíço Lushan 23, nossa orelha é da advogada Fernanda Pontes e nosso time de escritores é extraordinário!

A todos, nosso muito obrigado! A união faz a força!" - Assim expressou-se Madalena's.



AQUI DEIXAMOS O NOSSO : MUITO OBRIGADA!!!  PARABÉNS!!!  ÊXITOS A TODOS E TODAS!!!




quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

LABIRINTO MÁGICO & OUTRAS POESIAS ... -VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES







Foto: pintura-óleo s/tela de vanda lúcia da costa salles




labirinto mágico

                  vanda lúcia da costa salles

as imagens mansas hospedam-se e formam
enformam desenformam conforme as retinas
informes nas formas não subtraem, apenas
confirmam se a sensibilidade, tão viva e plena
como os leques exercitam a liberdade
nas mínimas coisas que tocam
    a vida só nos regala o dom e a expansão
        desse labirinto mágico
         cá no dentro de nós: a visão e o gozo





    slogan

                               vanda lúcia da costa salles
 
              arsênio
           agadoisceó
xampu sabão detergente leite ração aço
    no braço arco marco são ações
        min (era) ção
               :
          trans
              formando
                          o amanhã!





cri (a) da gema

        vanda lúcia da costa salles



uso/pelo
abuso
 do fuso
neoliberalisticamente permissivo
              cro(a)ca
                   no
                 verdor
    a controlar os intertíscios do cotidiano
                  mãos & pés
            de demônios maquiados
                  no pó preto