terça-feira, 23 de abril de 2013

HOMENAGEM: ROSEMUND J. HANDLER (ÁFRICA DO SUL)- EPUPA FALLS, NAMÍBIA IN TIME TO SAY:NO!








Time To Say: No!  -, PHILO IKONYA E HELMUTH A. NIEDERLE - P.E.N. CLUB - ÁUSTRIA
98



Rosemund J. Handler
(South Africa)

Epupa Falls, Namibia



the air is swollen with the scent of animal fat
on her side on a springbok hide
the queen exquisitely adorned
displays her proud Himba bloodlines
in carved profile
long graceful limbs
glowing ebony skin
the princess kneels beside her mother
smiles with mother-of-pearl teeth
holds up eight fingers
beauty already mythical
future ordained
her classroom the home
and the tending of cattle and goats
beside the great Kunene
when she is ripe
her royal parents will choose
then she will tend her husband’s home and herds



Rosemund J. Handler, has published short stories in South Africa and in the USA. Madlands, which was published
by Penguin in 2006, was her first novel; it was followed by Katy’s Kid in 2007, Tsamma Season was in 2009 and
shortlisted for the 2010 Commonwealth Prize, Africa region. Rosemund Handler’s latest book, Us and Them, has
superbly captured the internal terrorism of a family unit dealing with issues for which it is both underequipped
and bereft of knowledge. „It is Handler’s fourth novel and is, I think, her best yet. There is a confidence in her narrative
which is unflinching in its directness – startlingly so.“ Beverley Roos-Muller, Cape Argus, 21 October, 2012

domingo, 14 de abril de 2013

POESIA: A ARTE EXPLICA A CANÇÃO- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES










                A ARTE EXPLICA A CANÇÃO

                           À  Maria Bethânia



               Vanda Lúcia da Costa Salles





Não sei o porquê, mas
Saudade chegou a mim
Assim,
Feito canção
Adivinhando a dor
Ou toda a tristeza do teu ser
Quando um bem-te-vi
Pousou
Nesse quarteirão de esquina
Em São Salvador,
Água de cachoeira não sacia
O que a poesia desvela
Nesses olhos teus
Nem sempre os meus
Captam
O ato de entrega
nem o abismo
E  a vida sabemos nós,
é a sagração do amor
Ó indecifrável amor,
Tamanha dor
Ninguém explica
Nem essa flor
Chaga aberta que alucina
A rima,
A sina,
Até,
O que em nós tornou-se voz
Uníssima:
Li ber da de
Li ber da de
Entretanto,
Um  pequenino colibri,
Na sutileza do espanto em vida,
Mensageou um quê:
A Arte  mandou dizer,
Se houve e ainda há amor,
pra que tanto sofrer?
Água de cheiro, Amor,
E poesia faz um bem
Tão bem.
Não é neném?
Saracoteie a saia, Ó moça de fita
Que a roda abriu-se enlace
No Lácio, laço a Alegria
Porque Canô mandou dizer,
Só pro seu bem querer
Se houve e ainda há amor,
pra que tanto sofrer?
Água de cheiro, Amor,
E poesia faz um bem
Tão bem.
Não é neném?


( Em 14 de Abril de 2013, às 09:06  h )



segunda-feira, 25 de março de 2013

HOMENAGEM: DUAS CANÇÕES PARA MALALA- PHILO IKONYA E HELMUTH A. NIEDERLE- PEN CLUB - ÁUSTRIA







Duas Canções para Malala


Philo Ikonya, nascida no Quênia, vive na Noruega, escreve poemas, ensaios e romances. Membro do conselho de PEN Club internacional.
Helmuth A. Niederle, nascido na Áustria, com publicações de livros diversos. Desde 2011 é presidente do PEN  Club-Áustria.


1.
No dia em que  Malala Yousufzai foi
atacada
Allah  gritou
melhor
Os homens não dá-me
99 nomes
que se atrevem a atirar em uma  de minhas filhas
para a minha filha, é que eu quero
para ela vai, é nossa
porque ela quer somente
aquilo que amo
nada mais
que ir à escola.
Melhor não me chamar
- Ya Hayy -
A Vivo, o Vivo Um
para ter uma longa vida
Eu morreria por ela
Melhores nomes nenhum me cabe
- Ya Jabbar -
Eu perco todos os meus nomes
Quando ela perde o dela
Não me chame
o Compeller
proteger da violência, gravidade ou
dureza.
o Just
- Adl Ya '-
ninguém gritou me conhece
muitos murmuram meu nome
mas ninguém me escuta
E os atacantes cantou com orgulho
louvando-o.


2.
No dia em que  Malala Yousufzai  foi atacada
Allah murmurou
desde que a humanidade supos:
Eu sou macho
os problemas começaram.
Como convencer
a raça humana

Eu - Deus - Eu sou a grande mãe
gostam de amamentar as crianças nos meus seios
amor para aliviar as dores
alimentar o straving
nutrir o merecedor.
As pessoas têm mais nada para fazer
que apenas me emprestar suas mãos
para ajudar.
Matar não é parte do meu negócio
e nunca será.
Como eles podem fazer isso em meu nome?
Sisi nd Malala. Estamos com Malala
De ocos silenciosas
deve canções vêm
e um pouco de luz
para aqueles que se encontram em andares de prisão
Cartas vontade livre flutuação
para eles quebrado e prisoneiros para a liberdade
Malala em suas feridas
escreve justiça para todas as mulheres
o que é isso na leitura, por escrito, o seu medo
mulheres acham?
E se  a liberdade não é um espírito quem se atreve,
uma nova bandeira para levantar?
Uma luz chama nova na noite?
Você pode ver Malala agradecendo por
cuidar
por se juntar a sua voz ao pedir o que está
atrasado
Suas dores suportam muitas mulheres e meninas em
tristeza
Então ela sorri de uma cama de hospital e
diz paz
nada mais
Malala e nós, com Malala salaam
falar
Eles rezam pelas almas hoje ido antes,
nós com letras e vozes para trazer almas roubadas
do nosso meio.
Malala salaam, Malala Salaama, Malala lala,
Malalala.
Raios de Maio de couro desta manhã de sol em
sua alma para sempre
E todos nós sabemos que é hora de dizer: NÃO!


quarta-feira, 13 de março de 2013

POESIA: LEMBRANÇAS - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES

Foto: guitarras portuguesas




LEMBRANÇAS


            Vanda Lúcia da Costa Salles




o baile rítmico extasiava,
em prosa,
bailávamos em rimas,
no enlace : tempo e vida,
na contra-dança o corre-corre,
ávidos tal guitarras portuguesas
em acordes ciganos
nosso amor
desconcertou o fole


rabeca enlouquecida
aguerrida
desafiou bandolim
mas a cuíca  rebelde,
 precavida,
lascou um beijo no argumento
e um sambinha lento,
de quintal,
amorenou a tarde no coreto cheinho de fitas.


você sabia
e sempre soube, o que nos causa
não é o som,
mas sim o pretexto
da sinfonia

e se a boca água
lembrança boa escorre,
cascata é coisa que lambe a mocidade.





segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

POESIA: HIPOMOEA - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES





                   HIPOMOEA





retoma-me a boca a voz
e excita a língua
a sua maneira
o que a delícia permeia
no dia,
breve,
tão breve,
esvai-se os grilos
e seus cris-cris


Esse ai dentro de mim tange a beleza das horas
é que a Alegria passeia
nesse jardim
que cultivas com alma e gozo.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

DIVULGANDO: CONVOCATÓRIA PARA ANTOLOGIA " MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS"




                                     POETAS PARTICIPEM!!!




 Por favor divulguem essa :   MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS

    Diçercy Adler, psicóloga e poeta, está organizando, com o Instituto Histórico e Geográfico de São Luiz, Maranhão, a Antologia MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS.

A participação é sem ônus para os poetas. A Antologia terá lançamento em 2013.  
        NOVO PRAZO PARA ENVIO: 31/03/2013 OU ATÉ COMPLETAR OS MIL POEMAS.
                                 
        
                                            NORMAS DOS TRABALHOS:


a) A Antologia: " MIL POEMAS PARA GONÇALVES DIAS"


Cada poeta poderá apresentar até cinco poemas homenageando GONÇALVES DIAS.  Formato A4, times New Roman, tamanho 12, espaço 1,0.


- enviar adjunto currículo literário resumido ( no máximo 6 linhas), em que conste data de nascimento, cidade e país de origem; com foto atualizada.

- a aceitação dar-se-á na ordem de recebimento da (s) obra (s), até se completarem os 1000 ( mil) poemas, um mesmo autor poderá mandar uma poesia, caso queira enviar outra obra posteriormente, dentro do limite de 5 (cinco) , por poeta, poderá fazê-lo, indicando que já enviou uma primeira obra, sendo colocada todas juntas

 
Envio de Poesias para: dilercy@hotmail.com
                ESTUDOS E PESQUISAS:


- cada autor ou co-autor poderá enviar até 2 (dois) textos, com o máximo de 20 (vinte) páginas, formato A4, time New Roman, tamanho 12, espaço 1,0, incluindo bibliografia e foto.

- a publicação se dará na ordem de chegada.


- ao enviar sua obra, deverá vir acompanhada de pequena bio-bliografia, com foto atualizada, em que conste o motivo de participar da antologia: cidade e país de origem.-

Envio de Trabalhos para: vazleopoldo@hotmail.com


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

POESIA: PÁSSARO-DE-FOGO - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES









PÁSSARO-DE-FOGO







                                      Vanda Lúcia da Costa Salles




I


de um jeito terno e intrépido
cai
 néctar
e
a liberdade
na
pele
intacta
da
flor



II


por sobre suas pétalas passeia
o sol, e
se delicia com um pulsar amoroso
de coisas
que
elevam
a
vida
que
encrespam
as
ondas
que
gotejam
esse
 mar, enfim




III

amar, o que a floresta gesta
no silêncio
de sua 
glória, ali há pré-amar



IV


és  pássaro-de-fogo, um sonho assim
como quis
o
sonhador
em ti
e
esta lágrima que em mim
alucina-me
face, e


V

 no esplendor desse arco-íris
bem sabes,
a poesia,
não é pra  um qualquer


VI

se palavras o vento levam,
o que fica, então, se de
palavras vive
quem
de brisa
sabe
o que a flor
mira
na aguçada paisagem ?


VII


alvoroço
no
voo
da
palavra
que
cai
como pétalas de um pássaro-de-fogo