MENSAGEM DE FIM DE ANO DA POETA MARANHENSE DILERCY ADLER AOS CONFRADES E CONFREIRAS DA ALL-ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS
            RISCO
          Dilercy
Adler
Corro por mil estradas 
sobre as águas do rio    
  também em
corredeiras        
 imprevisíveis           
    traiçoeiras!...
corro ao sabor do vento
 sob as palmas dos
coqueiros 
com areias esvoaçantes 
que se entranham em meus cabelos....
 corro sem trégua
por léguas e léguas
 ou línguas e línguas
 diversos sabores     
 saberes       
      burrices
me entrego...      
- que vida !-      
   passa ligeira...
tão ligeira!!!
correndo me arrisco 
mas durmo tranquila 
depois disso tudo
 sobre o meu
travesseiro!...
corro na vida
me entrego 
me arrisco 
o risco que corro 
arriscando com 
amor  
é vida!      
 é tudo!
corra riscos também
isso é -com certeza-        
o que nos convêm!
FELIZ 2015!
São Luís, 28/12/2014
Às 23h
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INTERTEXTUALIZANDO:
ARRISCO NO RISCO
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES - Rio de Janeiro
Bem sabeis que não sou comedida e falo demais, portanto lá
vai, arrisco no risco:
       É a mais linda
mensagem de fim de ano que recebi, cá com os meus botões
estou levemente inclinada a querê-la, vê-la a correr sempre
riscos, pois
se me arrisco também ao sabor do vento, é porque alquimia
poética entre os nós
que em nós se faz extasia na maestria de sermos diversos
sabores, mesmo
em línguas simples ou de grandes primores, caudalosas ou
simplesmente riachos
suavemente ternos nas intempéries dos dias agudizados, eis a
minha mensagem:
de poeta enlouquecida à poeta destemida, que também gosta da
forma, e não está nem aí
para as normas pré-estabelecidas, e que no risco se atreve,
diante de tanta mesmice, a ser
uma pessoa que usa e abusa do humano coração, corpo e
alma,  sem queixume
somente para ser lume, porto, até maresia,
imagem perfeita da imensa solidão que invade agora
esse meu pobre coração desvairado e ateu quando se dobra o
dia sob as palmas dos coqueirais
Ah, quanta beleza nesses verdes coqueirais! Eita
saudade!  E como a vida passa ligeira!!!
Em noites fagueiras, fico aqui a cismar
Que bom, que exista pessoas assim, que dormes tranquila sob
o travesseiro
Não sou única! E nem perfeita... Mesmo no melhor de mim!
Em noites entristecidas, fico aqui a decifrar
O que é o amor?  O que
é o tempo? O que é o tudo?  E o nada,
seria o mago das horas?
Por que o silêncio eterniza-se lá fora? 
 Em boa hora o poema
chega arredio, para depois caudaloso ater-se aqui, nos olhos meus
como se fora além-mar, esse oceano imprevisível, que é
só  poesias dos olhos teus...
FELIZ 2015!!!
31/12/2014
@ Vanda Lúcia da Costa Salles





