quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

INTERTEXTUALIDADE: RISCO- DILERCY ADLER / ARRISCO NO RISCO -VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES






FOTO:  DILERCY ADLER E ROQUE MACATRÃO, respectivamente, vice-presidente e presidente da ALL.




MENSAGEM DE FIM DE ANO DA POETA MARANHENSE DILERCY ADLER AOS CONFRADES E CONFREIRAS DA ALL-ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS




            RISCO
          
             

          Dilercy Adler

Corro por mil estradas 
sobre as águas do rio    
  também em corredeiras       
 imprevisíveis          
    traiçoeiras!...

corro ao sabor do vento
 sob as palmas dos coqueiros
com areias esvoaçantes
que se entranham em meus cabelos....

 corro sem trégua
por léguas e léguas
 ou línguas e línguas
 diversos sabores    
 saberes      
      burrices
me entrego...     
- que vida !-      
   passa ligeira...
tão ligeira!!!

correndo me arrisco
mas durmo tranquila
depois disso tudo
 sobre o meu travesseiro!...

corro na vida
me entrego
me arrisco
o risco que corro
arriscando com  amor 
é vida!     
 é tudo!

corra riscos também
isso é -com certeza-        
o que nos convêm!

FELIZ 2015!


São Luís, 28/12/2014

Às 23h





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INTERTEXTUALIZANDO:



ARRISCO NO RISCO

                             VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES - Rio de Janeiro



Bem sabeis que não sou comedida e falo demais, portanto lá vai, arrisco no risco:

       É a mais linda mensagem de fim de ano que recebi, cá com os meus botões
estou levemente inclinada a querê-la, vê-la a correr sempre riscos, pois
se me arrisco também ao sabor do vento, é porque alquimia poética entre os nós
que em nós se faz extasia na maestria de sermos diversos sabores, mesmo
em línguas simples ou de grandes primores, caudalosas ou simplesmente riachos
suavemente ternos nas intempéries dos dias agudizados, eis a minha mensagem:
de poeta enlouquecida à poeta destemida, que também gosta da forma, e não está nem aí
para as normas pré-estabelecidas, e que no risco se atreve, diante de tanta mesmice, a ser
uma pessoa que usa e abusa do humano coração, corpo e alma,  sem queixume
somente para ser lume, porto, até maresia,
imagem perfeita da imensa solidão que invade agora
esse meu pobre coração desvairado e ateu quando se dobra o dia sob as palmas dos coqueirais
Ah, quanta beleza nesses verdes coqueirais! Eita saudade!  E como a vida passa ligeira!!!
Em noites fagueiras, fico aqui a cismar
Que bom, que exista pessoas assim, que dormes tranquila sob o travesseiro
Não sou única! E nem perfeita... Mesmo no melhor de mim!
Em noites entristecidas, fico aqui a decifrar
O que é o amor?  O que é o tempo? O que é o tudo?  E o nada, seria o mago das horas?
Por que o silêncio eterniza-se lá fora?
 Em boa hora o poema chega arredio, para depois caudaloso ater-se aqui, nos olhos meus
como se fora além-mar, esse oceano imprevisível, que é só  poesias dos olhos teus...

FELIZ 2015!!!
31/12/2014

@ Vanda Lúcia da Costa Salles

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