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quarta-feira, 20 de julho de 2011

POESIA: UMA LÁGRIMA EM MEU POEMA-VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)



Foto: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)





UMA LÁGRIMA EM MEU POEMA

VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)



Que me digam os loucos
do ponto oposto das normas,
essa lágrima em meu poema
seja para ferir a tristeza
em nossas vidas,
como um beijo enamorado.
uma lágrima em minha poesia,
meu encanto em vida
para os meninos, meninas e loucos.
Irmãos de minha utopia,
minha gramática transfigurada
escreve-se com saudades
e sementes aladas.
Flui da linguagem derramando-se
no vértigo de sensíveis mãos,
e, às vezes,
se é cifra esquecida... sentimentos,
mundo incompreensível!
Então,
em tua alma, seja pão germinado.



UNA LÁGRIMA EN MI POEMA


Que me digan los locos
del punto opuesto de las normas,
acerca de esa lágrima en mi poema
sea para herir la tristeza
en nuestras vidas
como un beso enamorado.
Una lágrima en mi poesía,
mi encanto en vida
para los niños, niñas y locos.
hermanos de mi utopía,
mi gramática transfigurada
se escribe con saudades
y semillas aladas.
Fluyo del lenguaje derramándose
en el vértigo de sensibles manos,
y, a veces,
se es cifra olvidada... sentimientos,
!mundo incompresible!
Entonces,
en tu alma, sea pan germinado.




*VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES: nasceu em Italva, interior do Rio de Janeiro, Brasil, em 25 de abril de 1956. É escritora, poeta, ensaísta, artista plástica, tradutora e conferencista.Graduada em Letras/Português-literaturas, pela UERJ/FFP;Pós-Graduada em Literatura Infanto-Juvenil pela UFF;e em Arteterapia na Saúde e na Educação pela pela UCAM.Catedrática de Literatura do Museu Belgrano(Argentina), ortogada pelo Fundador e Diretor Dr. Ricardo Vitiritti; Diretora Internacional do Taller Artístico Alas Rotas-Alitas de América, nomeada pela Fundadora e Diretora Geral do T.A.A.R., em Argentina Srª Silvia Aida Catalán; Fundadora e Diretora do ENLACE MPME MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO.

Publicou: No tempo distraído (narrativas, Ágora da Ilha,2001),
Diversidades e Loucuras em Obras de Arte- um estudo em Arteterapia (ensaio, Ágora da Ilha, 2001),
A palavra do menino e as abobrinhas ( infanto-juvenil), HP.Editora,2005), O chamado das musas.Pô-Ética Humana: o enigma do recheio- a arteterapia ao sabor da educação brasileira(pesquisa poética em arte e educação, Creadores Argentinos, 2008; Núncia Poética (poesias, Cbje,2010).

Participa também das seguintes antologias:
Os melhores poetas brasileiros Hoje/1985(Shogum Editora, 1985), III Encuentro Nacional de Narradores y Poetas - Unidos por las Letras!-2009-Bialet Massé (Córdoba, Argentina,2009),
Poesia em Trânsito-Brasil/Argentina (La Luna Que, Buenos Aires, 2009, e
1º Antología Literaria Nacional e Internacional 2010 " Ser Voz en el Silencio, S.A.L.A.C. va.Carlos Paz, Córdoba-Argentina (Galia's, Editora Independiente,2010.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

MOMENTO DISCENTE: MEU AUTOR EM PESQUISA - QUEILA CÂNDIDO PERAZZO (BRASIL)*



Foto: Machado de Assis (Brasil)



MEU AUTOR EM PESQUISA: MACHADO DE ASSIS (BRASIL)



Meu autor pesquisado é Joaquim Maria Machado de AssiS - Machado de Assis - e o nome do livro é: HISTÓRIAS DO BRUXO DO COSME VELHO. O ilustrador é Eduardo Uchôa, o ano de publicação foi 2003. Trata-se de que o mundo parece ser feito de coisas que a gente vê nele, mas elas estão guardadas no meio das letras e estas letras dentro do livro nos faz enxergar melhor.





* Bruxo do Cosme Velho é um epíteto consagrado a Machado de Assis. O termo ganhou força no meio literário quando Carlos Drummond de Andrade publicou o poema: "A um bruxo, com amor", no qual o poeta fez referência à casa (número 18) da rua Cosme Velho, situada no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro, onde morou Machado de Assis.


**Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis.

De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.

Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.

Aos 16 anos, publica em 12-01-1855 seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo.

Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre. Conhece o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor.

Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Além desse, escrevia também para a revista O Espelho (como crítico teatral, inicialmente), A Semana Ilustrada(onde, além do nome, usava o pseudônimo de Dr. Semana) e Jornal das Famílias.

Seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, onde aparece como tradutor. No ano de 1862 era censor teatral, cargo que não rendia qualquer remuneração, mas o possibilitava a ter acesso livre aos teatros. Nessa época, passa a colaborar em O Futuro, órgão sob a direção do irmão de sua futura esposa, Faustino Xavier de Novais.

Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas.

Em 1867, é nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial.

Agosto de 1869 marca a data da morte de seu amigo Faustino Xavier de Novais, e, menos de três meses depois, em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa época, o escritor era um típico homem de letras brasileiro bem sucedido, confortavelmente amparado por um cargo público e por um casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos clássicos portugueses e a vários autores da língua inglesa.

Sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.

Seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872. Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabiliza-se na carreira burocrática que seria o seu principal meio de subsistência durante toda sua vida.

No O Globo de então (1874), jornal de Quintino Bocaiúva, começa a publicar em folhetins o romance A mão e a luva. Escreveu crônicas, contos, poesias e romances para as revistas O Cruzeiro, A Estação e Revista Brasileira.

Sua primeira peça teatral é encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemoração do tricentenário de Camões, em festividades programadas pelo Real Gabinete Português de Leitura.

Na Gazeta de Notícias, no período de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores crônicas.

Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.

Publica, nesse ano, um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira.

Extraordinário contista, publica Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data (1884), Vária Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), e Relíquias da casa velha (1906).

Torna-se diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia, no ano de 1889.

Grande amigo do escritor paraense José Veríssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua redação promoviam reuniões os intelectuais que se identificaram com a idéia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princípio apoiou a idéia e compareceu às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.

É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.

Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."

BIBLIOGRAFIA:

Comédia

Desencantos, 1861.
Tu, só tu, puro amor, 1881.

Poesia

Crisálidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901.

Romance

Ressurreição, 1872.
A mão e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iaiá Garcia, 1878.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esaú Jacó, 1904.
Memorial de Aires, 1908.

Conto:

Contos Fluminenses,1870.
Histórias da meia-noite, 1873.
Papéis avulsos, 1882.
Histórias sem data, 1884.
Várias histórias, 1896.
Páginas recolhidas, 1899.
Relíquias de casa velha, 1906.

Teatro

Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanhã luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, só tu, puro amor, 1881.

Algumas obras póstumas

Crítica, 1910.
Teatro coligido, 1910.
Outras relíquias, 1921.
Correspondência, 1932.
A semana, 1914/1937.
Páginas escolhidas, 1921.
Novas relíquias, 1932.
Crônicas, 1937.
Contos Fluminenses - 2º. volume, 1937.
Crítica literária, 1937.
Crítica teatral, 1937.
Histórias românticas, 1937.
Páginas esquecidas, 1939.
Casa velha, 1944.
Diálogos e reflexões de um relojoeiro, 1956.
Crônicas de Lélio, 1958.
Conto de escola, 2002.

Antologias

Obras completas (31 volumes), 1936.
Contos e crônicas, 1958.
Contos esparsos, 1966.
Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998

Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.



****Eduardo Uchoa:

Formado em publicidade pela UFRGS e influenciado pelas artes gráficas e plásticas, o carioca radicado em Porto Alegre Eduardo Uchôa transcendeu as linhas exatas da arquitetura e os cenários delirantes das histórias em quadrinhos para criar sua arte psicodélica de cores e formas, onde a liberdade de traços e as possibilidades de interpretação de seus desenhos são muitas, assim como as inúmeras ideias que se proliferam na mente do criador antes de serem concebidas de forma concreta.
Profissionalizou-se como ilustrador no departamento de arte do Jornal Zero Hora, mas sempre inquieto por desenvolver novos caminhos, trabalha paralelamente com atividades como pintura, ilustrações para produtos, comerciais (incluindo criação de conceito para desenho animado), revistas e livros infantis, dentre os quais Deuses, Heróis e Monstros, Histórias do Bruxo do Cosme Velho, Poesia Fora da Estante, 30 Fábulas contemporâneas para crianças (Sérgio Capparelli, LP&M) e Poesia para Crianças (Ricadro Silvestrim, Ática).
Reconhecido por seu talento, participou de exposições de arte coletivas e individuais e salões de desenho no Rio Grande do Sul, São Paulo e Chile.
Atualmente está trabalhando em uma série de pinturas inspiradas nas suas viagens pela América Latina e participa do projeto CowParade Porto Alegre 2010, um dos eventos de arte urbana mais importantes do mundo.

***

terça-feira, 12 de abril de 2011

HOMENAGEM: LA APUESTA - RODOLFO VARGAS AIGNASSE (ARGENTINA)*



Foto: Bandeira da Argentina




Foto: Rodolfo Vargas Aignasse



LA APUESTA



Un señor con capacidades diferentes llevó hasta un banco de la plaza sus diarios y revistas para venderlas. Ese era su oficio.
Un muchachote mal educado, engreído y vicioso, sentado en el respaldo del asiento, acompañado con un amigo de mejor calaña, le dijo al canillita:
—No gasto un centavo en vos. Los tuertos son sujetos que se creen más de lo mierda que son.
Sin alterarse Durbal –así se llamaba–, le contestó:
—Soy más que vos nene de papá. Yo trabajo vos sos un vago. Te pasás los días viendo a quien timar, cuando no andás putañeando o peleando. Además yo tengo habilidades que no posees.
—¿Qué habilidades mejor que las mías podés tener?, no hay nada que yo no pueda hacer, si yo tengo de todo.
El tuerto hizo una pausa desafiante, lo miró de arriba abajo mientras ordenaba las palabras.
—Te apuesto cien pesos que yo puedo morderme un ojo.
—Trato hecho, pobre infeliz, demuestra tu fanfarronada.
Entonces Durbal se sacó el ojo de vidrio lo llevó hasta la boca y lo mordió dejándolo unos segundos sostenido con los dientes para que no quede duda de la mordida.
—¡No vale! ¡No vale!, eso lo hacen todos los tuertos... No te pagaré la avivada –dijo el despechado individuo.
—Te juego el doble a que puedo morderme el otro ojo, pero si aceptas la apuesta esta vez hagamos la «parada» y entreguemos el dinero a tu amigo a quien conozco y en quien confío.
Así se hizo, pensando el joven tramposo llevarse con facilidad los doscientos pesos de su adversario.
Con serenidad y adoptando movimientos como en cámara lenta el astuto «canillita» se llevó sus dos manos a la boca y con una suave extracción sacó su dentadura postiza completa, con su mano izquierda procedió a morderse el ojo derecho sano y mientras seguía haciéndolo, con la mano derecha puso los cuatrocientos pesos apostados en su bolsillo.

-Del Libro: «Recuerdos del Fuerte ‘Andalgalá’» (2009)
(Relato)-





EL OJO MÁGICO


Una mañana de frío, al despertarse, Durbal sintió los párpados de su ojo derecho pegados por una conjuntivitis.
Decidido a levantarse pensó si no era mejor dejar el otro ojo en la cama. Así lo hizo y tanteando los peligros de la oscuridad empezó a caminar lentamente.
Ya en el baño despegó con dificultad su ojo enfermo y profirió un alarido de dolor cuando introdujo en él una gota de limón que, como se dice, es lo más indicado para el caso.
El otro ojo amodorrado debajo de las mantas en el calor de su cama, apoyó su vidrio en la almohada tapándose hasta la mitad de la esfera, y contento de su inesperada libertad, siguió durmiendo.



-Del Libro: «Recuerdos del Fuerte ‘Andalgalá’» (2009)
(Cuento)-





EL PEINE


Erase una vez un peine de hombre que empezó a perder sus funciones en la misma medida que su dueño comenzaba a quedarse calvo. Se sentía disgustado, humillado porque otros peines del mismo tocador se burlaban de él.
A la mañana las carcajadas lo satirizaban y a la oración cuando el pelado con traje y perfumado se acicalaba unas veinte pelusas remanentes sobre sus orejas, renacía el jolgorio infamante.
Una noche decidió concluir con sus penurias y se deslizó por el agua de la bacha hasta caer detrás del vanitory donde permaneció por años escuchando divertido los lamentos de los enojados colegas, obligados a cumplir con las mismas tareas causantes


-Del Libro: «El Irresistible Impulso de Escribir» (2010)
(Cuento Corto)-







*RODOLFO VARGAS AIGNASSE
Escritor - Novelista Tucumano / Catamarqueño - País Argentina

Escritor, Docente Universitario, Abogado, Político. Nació en Julumao, Andalgalá, Catamarca.
Preside la Fundación Familia y Educación, Ex Secretario de Estado de Cultura de la Provincia de Tucumán y Diputado Nacional (m/c)
Ganador del 1er Premio “Medalla de Oro y Publicación” en el Certamen a la “Producción Intelectual y Artística”, Catamarca 2006 con la obra: “Luis Franco. ‘El Orejano’”.
Invitado por el Gobierno de Japón promovió en este país el desarrollo del NOA y las relaciones comerciales, culturales y turísticas de la región con el Sudeste Asiático.
Publicó: “Mi Abuelo Tiene Amante: La Esperanza” (2000); “Aguafuertes Tucumanas” (2002); “La Vida Tal Cual” (2003); “La Revolución Inconclusa, Felipe Varela El Quijote de los Andes” (3 ediciones 2005/2006/2007); “Luís Franco. ‘El Orejano’”, (4 Ediciones 2006/2007/2008)); “Los Ausentes no se Han Ido” (Novela de Amor en Tiempos de Plomo), (2008); “Recuerdos del Fuerte. Andalgalá” (Relatos, Microrrelatos y Cuentos), (2009); “El Irresistible Impulso de Escribir” (Relatos, Microrrelatos y Cuentos), (2010)