sábado, 31 de janeiro de 2015

POESIA: TEORIA DA FÍSICA DO DELICADO PERFUME DAS VIOLETAS-VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES-BRASIL










TEORIA DA FÍSICA DO DELICADO PERFUME DAS VIOLETAS

                                Por:      Vanda Lúcia da Costa Salles – Brasil

            I
                        
Semente brota, aprendamos
Como escolher e colher, disse-nos o poeta universal
Em sua cosmogonia:
“ Hoje é um dia azul de primavera, creio
que morrerei de poesia.” – Esmero e aprimoro
a  versão e a consciência para transfigurar-se diálogo,
no dente em que mastigo o ato, fixo
a imortalidade quântica poética
no criar a pauta-argonauta
com que risco na pele da escrita
a senda e a senha com que a forma tece
a impensável forma da física desse
ridículo poema a que denominamos amar o amor em processo, mesmo
em pulos e sobressaltos, no agito dos ramos...Nessa úmida folha
em que traço a imensurável
Teoria da Física do Delicado Perfume das Violetas, que
dedico a ti,
Ó amado poeta, Nicanor Parra!
              II

Das margens, observo
Sua aparência, seus mistérios...
Nesse azul de primavera, creio
Do quanto em ti, a nau estética
Da antipoética define a luz primorosa
Dessa imensa Lua
A inebriar os corações, até
O côncavo/convexo do dia, quando
Surge do nada o aroma
Inebriante das violetas, perfeitas e amarelas, todas
Ondas sonoras de uma pauta musical destemida.

               III
E se a primavera agrega
A ideia quântica da descoesão, do abismo
Em arco-íris flui... O Tudo/Nada
Para criativo deleite o gozo cria alegria em todos nós, aprendizes do grito

         IV
Nada é o que parece ser
No enigma das órbitas proibidas
Um homem caminha e assobia Chopin, inebria-se mirando
A cópia de si mesmo, o chapéu irônico de poeta louco
Ou a pretensão de um corpo bem localizado no espaço
Mesmo na imprecisão do rumo, no prumo que assume o lume,
Independente da distância em que esteja
E na probabilidade de ali estar
O mesmo rouxinol, a cigarrilha, o canto e as palavras que encantam
Ah!  Esse princípio da incerteza de ter e ser,  quem crê
No azul da primavera do pôr-do-sol em bel-menor... Os sonhos de Deus!,
( quando o raio incide sobre o alvo e pára), e
Na partícula clara e suave... Na clave de dó, Ah, Nicanor Parra!

Quantas poesias nos olhos teus?!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS EM REVISTA- VOLUME 1 Nº 4





ALL-REVISTA DA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS- Nº 4

ENTRE TANTOS MARAVILHOSOS ENSAIOS:

O PRIMADO DA IMAGINAÇÃO: UM ESTUDO ARTETERAPÊUTICO EM MARIA FIRMINA DOS REIS- PÁGINA 273


VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (VANDA SALLES), instante em que assina a Ata da criação da Academia Vimarense de Letras-AVL



O Vereador Osvaldo Luis Gomes, o escritor e palestrante José Neres, a poeta  e palestrante( Rio de Janeiro) Vanda Salles, a poeta Assenção Pessoa. Sentados: O Presidente da Academia de Ludovicense de Letras-ALL, Roque Macatrão; a Vice-presidente, Dilercy Adler e a 2ª Tesoureira, Clores Holanda.


Clores Holanda, Dilercy Adler, Roque Macatrão, Joana Bittencourt e Vanda Salles

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

INTERTEXTUALIDADE: RISCO- DILERCY ADLER / ARRISCO NO RISCO -VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES






FOTO:  DILERCY ADLER E ROQUE MACATRÃO, respectivamente, vice-presidente e presidente da ALL.




MENSAGEM DE FIM DE ANO DA POETA MARANHENSE DILERCY ADLER AOS CONFRADES E CONFREIRAS DA ALL-ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS




            RISCO
          
             

          Dilercy Adler

Corro por mil estradas 
sobre as águas do rio    
  também em corredeiras       
 imprevisíveis          
    traiçoeiras!...

corro ao sabor do vento
 sob as palmas dos coqueiros
com areias esvoaçantes
que se entranham em meus cabelos....

 corro sem trégua
por léguas e léguas
 ou línguas e línguas
 diversos sabores    
 saberes      
      burrices
me entrego...     
- que vida !-      
   passa ligeira...
tão ligeira!!!

correndo me arrisco
mas durmo tranquila
depois disso tudo
 sobre o meu travesseiro!...

corro na vida
me entrego
me arrisco
o risco que corro
arriscando com  amor 
é vida!     
 é tudo!

corra riscos também
isso é -com certeza-        
o que nos convêm!

FELIZ 2015!


São Luís, 28/12/2014

Às 23h





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INTERTEXTUALIZANDO:



ARRISCO NO RISCO

                             VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES - Rio de Janeiro



Bem sabeis que não sou comedida e falo demais, portanto lá vai, arrisco no risco:

       É a mais linda mensagem de fim de ano que recebi, cá com os meus botões
estou levemente inclinada a querê-la, vê-la a correr sempre riscos, pois
se me arrisco também ao sabor do vento, é porque alquimia poética entre os nós
que em nós se faz extasia na maestria de sermos diversos sabores, mesmo
em línguas simples ou de grandes primores, caudalosas ou simplesmente riachos
suavemente ternos nas intempéries dos dias agudizados, eis a minha mensagem:
de poeta enlouquecida à poeta destemida, que também gosta da forma, e não está nem aí
para as normas pré-estabelecidas, e que no risco se atreve, diante de tanta mesmice, a ser
uma pessoa que usa e abusa do humano coração, corpo e alma,  sem queixume
somente para ser lume, porto, até maresia,
imagem perfeita da imensa solidão que invade agora
esse meu pobre coração desvairado e ateu quando se dobra o dia sob as palmas dos coqueirais
Ah, quanta beleza nesses verdes coqueirais! Eita saudade!  E como a vida passa ligeira!!!
Em noites fagueiras, fico aqui a cismar
Que bom, que exista pessoas assim, que dormes tranquila sob o travesseiro
Não sou única! E nem perfeita... Mesmo no melhor de mim!
Em noites entristecidas, fico aqui a decifrar
O que é o amor?  O que é o tempo? O que é o tudo?  E o nada, seria o mago das horas?
Por que o silêncio eterniza-se lá fora?
 Em boa hora o poema chega arredio, para depois caudaloso ater-se aqui, nos olhos meus
como se fora além-mar, esse oceano imprevisível, que é só  poesias dos olhos teus...

FELIZ 2015!!!
31/12/2014

@ Vanda Lúcia da Costa Salles

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Á MESA- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES








Á MESA


VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES



O convite à mesa: PAZ!

Uma begônia faminta de sentidos

aprende o pulsar inconsistente 
da singularidade sua
e jamais trai a si mesma...


Penetra
em seus abismos... Não sozinha, vovó!



E se abre flor no coração do mistério
é para que a vida metaformoseie
arte e parte, e
redistribua o pão.





sábado, 6 de dezembro de 2014

VEREDAS EM PRELÚNDIO- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES







VEREDAS EM PRELÚDIO


                                   VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




          Nesse caminho por onde transitam
                      rosas
                      margaridas,
                         girassóis,
                        crisântemos,
                         dálias
                           e
                 sempre vivas
    há um breve riso dos musguitos enroscados
           entre os seios das pedras íngremes, e
                   um filete d'água brota-se riacho,
    manhãs, dias, tardes e noites umedecem voluptuosas
                  seus olores matinais de eucaliptos.



              Um sapo
  elabora seu leito... no leito do tempo
         um cri-cri dardejante de folhas arrastadas causa
               formigas e prímulas escapam feito correntes
                        em filas
                    e demarcam veredas inusitadas
                         talvez, o poeta sonhe
                              emaranhado do profundo.


                                                             uma brisa leve acaricia flores
                                                                   algumas caem,
                                                        outras resistem a esse doce encanto
                                           e permanecem sem agasalhar o chão.
                                                  As larvas esmiúçam-se
                             no oco das árvores, no podre dos galhos....
                                              E lagrimejam vidas de si.
                                                       Uma tanajura canta.



                                                 Um olhar aguçado,
                                                           esquecido das horas,
                                                                  espreita esse momento.
                                                                              Talvez,
                                             essa poeta sonhe o instante no emaranhado....
                                                                  do profundo!





sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CRÔNICA: FELIZ NATAL! - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES








FELIZ NATAL



                         Vanda Lúcia da Costa Salles



     A garotada alegre sorria com os coloridos carrinhos. Um alvoroço na fila anunciava que o tempo não transtornava a possibilidade de experimentar todos os bate-bate. Uma alegria é maior que o deslize de lágrimas impuras.
     O menino de camiseta rosa dizia todo prosa agarrado a mão de sua mãe, afastando-se da imensidão de pernas que o impediam de mirar o seu presente de Natal, " sim, mãe, eu quero de presente de Natal um passeio nos bate-bate. Um não, dois. Papai Noel disse que eu pedisse isso para você". A mãe, um pouco amedrontada por conta dos parcos dinheirinhos na bolsa, enxugava um filete de lágrima que teimava ficar em sua face, até secar ao tempo. De súbito, transportada no tempo, em tempo vislumbrou-se pequenina igual ao filho, segurando firme a mão de sua mãe, em frente a padaria do seu Zé da esquina, desejando de presente de Natal as mais saborosas rosquinhas carameladas e que dificilmente entrariam no cardápio da família. No frio da manhã, disse a mãe que queria uma caixa das rosquinhas carameladas como presente de Natal. A mãe nervosa, afirmou categoricamente:
    - Nem pensar! - Você sabe que o dinheiro de seu pai anda curto. Mal temos para o grosso, quanto mais para o fino.
     Pirracenta, não entendendo nada de economias, chorrava saboreando as rosquinhas com os olhos amorosos em desejos infantis, para depois espichar-se no chão reafirmando o seu amor:
     - Mais eu quero!  Eu quero!   Eu quero!  Somente uma caixinha!  Uma apenas!  É todo o sonho de minha vida!
      Não teve jeito. E até aquele instante preciso, compreendeu afinal o porquê de sempre rolar em sua face àquelas lágrimas impuras, indesejadas, tão sonhadoras. Sem pensar, e nem querendo saber se teria o bastante para voltar a casa, correu arrastando o filhote pela mão em direção a fila dos carrinhos coloridos. E sem contar as carinhas de alegria das criançadas, percebeu a imensa alegria de seu filho ao derramar sua felicidade  nas faces coradas, no profundo de seu coração, para depois escorrer lentamente como pincelada de um artista consagrando sua obra-prima. Enquanto o filho experimentava o prazer do seu presente de Natal, ela correu os olhos buscando o lugar ideal para dar a si mesma um presente de Natal, e talvez com sorte seria uma rosquinha caramelada, e quem sabe secasse em sua face àquela lágrima impura.




sábado, 22 de novembro de 2014

BRASIL- POEMA DE TAMIRES DE OLIVEIRA FERNANDES - UM PROJETO ARTETERAPÊUTICO-VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES



BRASIL

   TAMIRES DE OLIVEIRA FERNANDES


Amar é ter liberdade
Para amar a livre expressão
Do amor.

O mundo hoje em dia
Está praticando a demência
Milhões de pessoas nada leem
Sem atitudes,
Sem leitura e escrita,
No social, isso não é normal.

Mas,
No Brasil,
Queremos a chance dessa  leitura e escrita...
À flor da pele.

( In.: SALLES, Vanda Lúcia da Costa. CATALÁN, Silvia Aida. " O CHAMADO DAS MUSAS"-Pô-ética Humana: O Enigma do Recheio-a Arteterapia ao sabor da Educação Brasileira-ALAS ROTAS,CreadoresArgentinos:2008,  p.75)


* Aluna à época do CIEP247-RIO DAS OSTRAS.