quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM: NARCISO - MÍA GALLEGOS (COSTA RICA)



Foto: Bandeira de Costa Rica





Foto: Mía Gallegos (Costa Rica)




NARCISO


MÍA GALLEGOS (COSTA RICA)



Narciso no era bello ni hermoso.
Lo embriagó su propia pequeñez,
su rostro en el otro rostro.
No halló la paradoja,
la secreta lámpara,
los jaspes,
el centro de luz entre sus cejas.
No tuvo por dentro un auriga,
ni la espada para vencer al tigre,
ni bebió de la tórrida, altiva respiración de los dragones.
Lo hallé muerto,
como las flores remotas que desconocen su origen
y su aroma
El eco no lo pudo salvar
de la muerte
de la embriaguez,
de su oscura bastardía.




NARCISO


MÍA GALLEGOS ( COSTA RICA)




Narciso não era belo ou formoso.
O embriagou sua própria pequenez,
seu rosto no outro rosto.
Não encontrou o paradoxo,
a secreta lâmpada,
os jaspers,
o centro de luz entre as sobrancelhas.
Não teve por dentro um cocheiro,
nem a espada para vencer ao tigre,
nem bebeu a tórrida, altiva respiração dos dragões.
Encontrei-o morto,
com as flores remotas que desconhecem sua origem
e aroma
O eco não poderia salva-lo
da morte
da embriaguez
de sua escura bastardia.

*Tradução: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)


MÍA GALLEGOS DOMÍNGUEZ: naceu em São José, Costa Rica em 17 de abril de 1953. Publicou inúmeros livros de poesia.

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