sexta-feira, 11 de junho de 2010

POESIA: QUANDO OUÇO MARIA BETHÂNIA







DE: Vanda Lúcia da Costa Salles-Brasil




À Silvia Aida Catalán – poeta Argentina







Quedo-me na vivacidade do instante...
Foco A Bailarina Olhando a Planta
Do Pé Direito extasiada e
esta música que não me sai da
cabeça meta a meta ideia já
tão perfeita como O Olho do Tempo
contemplo como jóia rara essa
fala, apesar do silêncio de cal
e dessa insegurança político-nacional
escrevo No Tempo Distraído a saída
porque sei que O Grito
dessa Angústia ilumina
a loucura ambiental
Mas,
bem poderias em tempo
desvelar os teus escritos
guardados como se guarda
o som na gaveta desejo
de elucidar a sensibilidade em pespontos de Sol
em minha porta a sete chaves o sonho entra e
emolduro no peito de jeito profundo Orvalho
o original cujos críticos acríticos dormem
no ponto





Quando ouço Maria Bethânia... penso no Museu Pós-Moderno de
Educação, e
Por que não?
Será, por quê? À Luz d’ O Nu Sentado até ao Homem Cactus
busca a definição do dia e a alegria se expande
na eletrizante mensagem e,
esse grito de alerta
espanta-me em contemplação
feito Os Retirantes
diante da fome estendida
a todos nessa mesa
de “ vida-líquida”




Quando ouço Maria Bethânia... lembro de tua face sorriso largo
indefinido orgasmo voz bálsamo no vazio
da terra aduba uma
Violeta Parra...
da folha surge
Poética: argonauta que
sabe que versejar é/ preciso ancorar no oceano do
nada se dá a ruptura
Safam-se com
As Musas
Inquietantes e sinto/sonho: o povo
senhor da alegria na leitura e na escrita




Sei não, mas quando ouço Maria Bethânia! ...



Do Livro: NÚNCIA POÉTICA (2010),
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES

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