quinta-feira, 8 de julho de 2010

POESIA: BALADA PARA VAN GOGH- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)





Foto: Vincet Van Gogh ( Autorretrato)




POESIA: BALADA PARA VAN GOGH- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)



De um ponto de vista estético
Um cachimbo não é um cachimbo somente é
Um todo brilhando na tela paixão
À flor da pele revelação espelho d’água
Nas tintas do mestre Vincent Van Gogh
Sensível humano indolente na inútil ociosidade de chorar a admiração
Adolphe Monticelli
E Van frenético pensa... Naquela pintura essencial obra-prima esboça
E iluminado ilumina em traços certeiros “ Os Comedores de Batatas”,o ai
no infarte paterno.
Homem singular visão mais além... Da consciência à luz de sua arte
A intersubjetividade obra
Ao colocar no centro das discussões humanas
A classe trabalhadora... O povo tão pobre
Como ninguém antes havia feito
À época,
Em sua movimentação coexistencial
Gênio! Frente ao furor do obscurantismo imperante!
E foste suicidado pela sociedade! – disse tão bem Artaud

Com tintas e vida a sua verdade escreveu:
Uma mulher lendo um carteiro um médico um paciente um poeta uma prostituta
A criança e o sonho
Ah! Vida, entre nas fibras de meu corpo e se faça centro do Sol
Louco?! À época, a sociedade não o quis ouvir... Não conseguia escutar o ser desejante.
Em Artes, a praça Victor Hugo percorre o cais a ponte os barcos as águas em tudo e
Em toda parte... O olhar... vês girassóis com seu chapéu rodeado de velas
Iluminando a sombra... O Retrato do Poeta tão independente pintas. Eu o vejo
O rosto os cabelos amarelo cromo a roupa a gravata perpassada por um alfinete
Esmeralda,
Do verde fulgor sorrindo diz: Maerda!
( em um perfeito holandês)

Fui Van Gogh... Na escritura... Em devaneio
Imagino-o assim e sigo a insana beleza das coisas
Na leveza da saudade que não se esconde
E nem se desvela: a lenda espiritual da Odisseia Humana

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