quinta-feira, 8 de julho de 2010

POESIA: MEIO E OBRA- MANUEL ANTONIO COBOULSEAU*



Foto; Prof. Antonio Coboulseau



MEIO E OBRA




Manuel Antonio Coboulseau





Suportas texto… És simples.
És nada… Somente vales por ela.
Toda obra busca outra vida…

Por absurdo capricho as guardas,
a abraças, a abrigas…

Sabes que seu futuro não está contigo
porque concreta seu destino de asas…

Pedra, barro, couro, papel, bit…
Te imolas feliz.

Em ti estará quando reclame sua fonte.

Admiras seu esplendor
Desde teus ataques, o desgaste e a rotura.
Tuas serão as fallas, tuas as caídas.
Não serão tuas as rugas.

És substância, material.
Ela é espírito perdido.

Te esquecem em instantes, arquivos e lugares
Aonde esperas silenciosos novos corações.

Morres ignorado.
Ela goza vidas infinitas.

Quão pouco somos: tu e eu!
Com que curioso estigma descola nosso amor!



*Raúl Á. Tournoud. É Professor de “ Castelhano, Literatura e Latim” ( ingressado do Instituto Nacional de Educação Superior “ Victoria Ocampo”), Professor Universitário em “Letras” e Professor em “ Língua Portuguesa” ( ingressado da Universidade Autônoma de Entre Rios, instituição em que desempenha como Professor em “ Linguística” e “ Língua Portuguesa”). É Professor em “ Língua e Literatura” em estabelecimentos de nível médio e Professor em “Língua Portuguesa” na Universidade de Concepção do Uruguai ( UCU) “ La Fraternidade”. Em geral atribui seus escritos a Manuel Antonio Coboulseau, que publicou em Argentina e no Brasil.

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